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Como o early-stage amorteceu a queda das startups brasileiras?

O baque no ecossistema de investimento em startups no Brasil atingiu em cheio o late-stage – as startups de estágios mais avançados. Prova disso é que – em contraste com as megarrodadas de 2021, protagonizadas por startups late-stage – as rodadas anjo, pré-seed e seed representaram 57% das rodadas de fevereiro no Brasil.

Ao todo, foram 11 deals em early-stage, ou estágio semente. O relatório do Distrito destaca que “além da incerteza global que pesa sobre todo o ecossistema, os valuations elevados e a posterior reprecificação com down rounds têm afastado os investidores dessa fase. Os setores com maior capacidade para enfrentar a crise estão majoritariamente no estágio inicial”.

A QUEDA NAS STARTUPS LATE-STAGE DESEQUILIBROU O MÊS

De acordo com o relatório Inside Venture Capital do Distrito, em fevereiro, as startups brasileiras receberam o segundo menor volume de investimentos para o mês desde 2014. Para se ter uma ideia da dimensão, em 2022 foram captados US$ 693,6 milhões em fevereiro, nesse ano, foram US$ 84,1 milhões – uma queda de mais de 87%.

O número de rodadas no mês também foi menor: foram 19 deals em fevereiro, 75% a menos que em 2022. Segundo o relatório, a escassez de recursos no late-stage tem a ver com a alta dos juros, que fez com que empresas e fundos de investimento reavaliassem investimentos e cortassem custos.

MAIORES INVESTIMENTOS EM STARTUPS BRASILEIRAS EM FEVEREIRO

A campeã do mês, com a maior rodada de investimento, foi a Daki – supermercado online de entregas rápidas. O aporte de US$ 50 milhões, em uma Série C, garantiu o topo do pódio no mês. Os fundos Tiger Global, TriplePoint Capital, GGV, G-G-Squared e a fabricante de bebidas Pernod Ricard participaram. 

Ainda que tenha recebido um grande aporte, o aumento do valor de mercado da startup foi irrisório: US$ 1,3 bilhão contra US$ 1,2 bilhão na rodada anterior. A pouca valorização evidencia um reajuste nas avaliações das rodadas, especialmente em negócios mais avançados.

Mesmo com o cheque gordo da série C da Daki, o relatório do Distrito considera que o mês encerrou sem nenhuma operação no late stage.

Confira como foi o mês de janeiro.

OS M&As TAMBÉM AJUDARAM A SEGURAR A QUEDA

Além das rodadas de startup early-stage, os M&As, fusões e aquisições, também colaboraram para melhorar o clima do ecossistema de startups nesse mês. As operações de M&A foram privilegiadas pelo cenário e apresentaram menor desaceleração. Até grandes empresas estão sofrendo para se financiar, portanto, para as startups, fica mais atraente opções como o venture debt e os M&As.

Ao se deparar com o ambiente mais restrito para captar investimento, os fundadores de startups estão buscando M&As como maneira de continuar a operação de uma startup: foram 11 aquisições ou fusões em fevereiro de 2023, uma queda leve das 14 ocorridas no mês em 2022.

Os segmentos mais movimentados para esse tipo de operação foram as fintechs e as agtechs, que empataram com 3 transações cada. O destaque foi a Gupy que adquiriu a Pulses, a fusão da Gaivota com a SEEDZ e a Finansystech que foi adquirida pela Celcoin. A aquisição da Finansytech marcou o terceiro exit do portfólio da Captable, maior plataforma de investimento em startups do Brasil. Confira mais aqui.

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