Vacas falantes?

Tecnologia que dá voz às vacas recebe um cheque de R$ 5,9 milhões para chegar em ainda mais vacas.

Mais: Com o tão esperado recesso de final de ano chegando, não há tempo para falar de “inverno de startups”… até porque ele nem foi tão frio assim.

#ESG

Startup que dá voz às vacas faz rodada recorde de R$ 5,9 mi

Já parou pra pensar como seria a produção de leite se as vacas falassem?

Nem perde tempo, porque isso já é realidade. 

Utilizando inteligência artificial, dois irmãos do Rio Grande do Sul criaram uma tecnologia capaz de fazer “vacas falarem”. Toda essa tecnologia vai para coleiras que monitoram o comportamento dos animais, “traduzindo” seus desejos a partir da coleta de informações relacionadas ao bem-estar e comportamento.

Juntos, os irmãos fundaram, em 2021, a Cowmed, com a promessa de ser o braço direito de pecuaristas Brasil adentro, Brasil afora.

“Sempre tivemos esse desejo de construir algo capaz de mudar o mundo”, disse Thiago Martins, dos fundadores, à Exame. “Quando a ideia surgiu, vimos que essa era a nossa oportunidade de criar impacto”.

E o impacto estava claro: para a economia global, a produção de leite é ponto estratégico; para o Brasil, detentor do maior rebanho comercial do mundo e quinto maior produtor de leite global, a possibilidade de ser o melhor receptor da ideia.

Hoje a startup já monitora mais de 35 mil vacas em mais de 400 fazendas, espalhadas em seis países (Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Canadá e Estados Unidos).

👉  Em novembro, a Cowmed realizou uma rodada de R$ 5,9 milhões pela Captable, configurando o maior aporte já feito em uma startup na modalidade no país.

A escolha pelo crowdfunding, de acordo com Martins, foi por dois motivos. O primeiro deles, a ausência de fundos especializados em agronegócio. O segundo, pedidos cada vez mais numerosos de clientes para virarem acionistas.

A rodada fechou com 547 investidores, entre clientes, apoiadores e também a Cotribá, cooperativa agrícola mais antiga do país. E é daí que vem outro recorde: dos R$ 5,9 milhões aportados na rodada, a Cotribá foi responsável por R$ 3 milhões, o maior aporte individual realizado em uma plataforma.

#VC

Novembro foi o pior mês em volume. 2022 o segundo melhor ano

De acordo com um relatório da Sling Hub, em novembro, as startups da América Latina captaram US$ 627,5 milhões. Foi o pior mês do ano em volume.

Os milhões levantados configuram uma redução de 34% em relação a outubro e 58% a novembro do ano passado. O valor médio da rodadas também reduziu: novembro foi o mês com o menor valor médio por rodada – US$ 6,4 milhões, a metade da média anual, de US$ 13,7 milhões.

  • Já em rodadas, novembro teve um salto de 19% comparado ao mês anterior e de 44% em relação a novembro de 2021. Isso quer dizer: o capital aplicado no mercado foi compartilhado com uma maior quantidade de startups em rodadas menores.

Do mês para o ano, um novo relatório da Latitud aponta que o tão falado “inverno das startups” não foi tão frio assim: 2022 já é o segundo melhor ano em quantidade de rodadas.

Foram 874 rodadas de investimento, ante as 1.150 de 2021. E vale lembrar que a diferença pode ser menor, já que os dados contabilizados no relatório desconsideram o último trimestre.

O relatório também destacou a importância das fintechs na região, consideradas um dos motores do ecossistema da América Latina. Nisso, o Brasil lidera com folga, com 689 fintechs e com 80% dos aportes captados no segmento desde 2014. O segundo lugar fica com o México, com 486.

Para o segmento, a Latitud ainda identifica oportunidades de criação de novas fintechs, já que não prevê queda nos investimentos em negócios early stageContinue a leitura.

#CVC

4 startups que uniram forças com grandes empresas

Na hora de colaborar com startups, grandes empresas escolhem diferentes caminhos. O movimento mais comum é o da fusão (quando a empresa combina sua estrutura com a da startup). Já outras escolhem fazer parcerias, virar clientes ou, até mesmo, investir.

Selecionamos 4 startups que atraíram empresas tradicionais de diferentes maneiras:

1️⃣   Zletric: a startup de recarga de veículos elétricos realizou ações com Movida e 99 e, recentemente, anunciou fusão com a Estapar, que controla a empresa Ecovagas. A Ecovagas virou acionista da Zletric e, de acordo com a nota divulgada ao mercado, a parceria tem como objetivo a “exploração conjunta e ampla do mercado brasileiro de eletromobilidade, por meio da infraestrutura de recarga de veículos eletrificados”.

2️⃣  Portal do Médico: o Sicoob recentemente firmou uma das maiores parcerias do mercado brasileiro de saúde, através de uma integração tecnológica com a startup Portal do Médico. A parceria prevê a disponibilização dos mais de 86 mil produtos do Portal do Médico para os cooperados comprarem com seu saldo de pontos. São mais de R$ 700 milhões em pontos que estarão aptos a serem trocados por produtos na plataforma.

3️⃣  Trashin: a cleantech recebeu um aporte de R$ 1,5 milhão da Irani Papel e Embalagem. Esse é o primeiro investimento do fundo de corporate venture capital da corporação, o Irani Ventures.

4️⃣ Quadrado Express: líder em micro markets autônomos no Rio Grande do Sul, a Quadrado recentement fechou parceria com a Spot Living Mall, uma joint-venture que conta com a Melnick como sócia, para garantir a presença dos seus mercados em todos o novos lançamentos da construtora.

👉  Segundo um relatório da McKinsey & Company, startups que recebem um investimento de CVC, como a Trashin e Zletric, têm mais probabilidade (de 21% a 66% maior) de ter um exit bem-sucedido.

Essa maior probabilidade é em comparação às startups que recorrem ao capital de risco tradicional de um fundo de venture capital. Ainda, quanto mais cedo atraírem um investimento de CVC, maiores são as chances de chegarem ao IPO (abertura de capital na Bolsa) ou conseguirem um M&A (aquisição ou fusão).

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