As duas principais diferenças entre as formas de investir em startups são o volume de investimento por startup e o tempo dedicado para cada negócio.
Conheça 9 formas de investir, ordenadas por dedicação de tempo necessária ao investimento:
Formas de investir em startups que consomem menos tempo:
Crowdfunding de Investimento: as plataformas de investimento em startups, como a Captable – a maior do Brasil – são a maneira mais acessível para entrar no mundo dos investimentos em startups. A análise das startups e acompanhamento consome menos de 5h mensais e o valor necessário para ser investido por startup pode ser menor que R$ 100 mil (a maioria das captações da Captable começa em R$ 1000).
Aceleradora: também consumindo em torno de 5h mensais para analisar e acompanhar as startups investidas, investir através de uma aceleradora exige um valor maior por startup, começando em R$ 100 mil e podendo alcançar R$ 500 mil por aporte. Cada investidor deve possuir aproximadamente R$ 30 mil para poder participar do Batch de uma aceleradora.
Fundos de Venture Capital: os fundos de Venture Capital também exigem 5h de dedicação mensal, em média, mas exigem aportes ainda mais volumosos por startup: o valor começa em R$ 2 milhões. Um investidor individual pode começar a investir através de fundos de VC se for um investidor qualificado, conforme definição da CVM, e possuir capital disponível de pelo menos R$ 500 mil.
Dedicação média
Family, friends and fools: os FFFs são investimentos que ocorrem por proximidade familiar ou de relação com o empreendedor que buscam oportunidades em estágios bastante iniciais. É uma categoria que exige maior dedicação para estruturar a operação da startup, consumindo de 5h a 30h mensais e costumam ter investimentos de menos de R$ 100 mil.
Club Deal, Rede Anjos: os club deals são acordos fechados estruturados para um grupo de investidores com relacionamento prévio (faculdade, trabalho, etc) e as redes de anjos são grupos de investidores-anjo que possuem uma tese em comum e buscam compor o valor da rodada com aportes individuais de cada investidor. Os investimentos dessas modalidades vão de R$ 300 mil a R$ 1,5 milhão por startup e exigem de 5h a 30h de dedicação mensal às investidas. Cada investidor deve possuir pelo menos R$ 50 mil para alocar em startups para investir nesse formato.
VC Series A-Z: nessa modalidade o investidor participa de investimentos em rodadas mais avançadas, que exigem de 5h a 30h mensais de dedicação e investimentos por investidor de pelo menos R$ 500 mil. O cheque que o fundo alocará em cada startup começa em R$ 5 milhões e pode chegar a R$ 50 milhões ou 100 milhões.
Formas de investir em startups que exigem maior dedicação:
Anjo Individual: o investidor-anjo que não investe em grupo geralmente escolhe criteriosamente as empresas para a qual irá dedicar seu cheque e seu tempo. É uma modalidade que exige intensa dedicação de tempo, mais de 30h mensais e, geralmente, o aporte é de aproximadamente R$ 100 mil.
Seed: No caso dos investimentos seed, ou semente, a exigência de tempo também é de mais de 30h mensais, mas os valores investidos por startup ficam de R$ 100 mil a R$ 500 mil.
VC Board: Fazer parte de um conselho de Venture Capital também exige investimentos por investidor bastante volumosos, de pelo menos R$ 500 mil e intensa dedicação de tempo, consumindo mais de 30h mensais.
Formas de investir em startups utilizam estratégias distintas
Como é possível visualizar no quadro, há também estratégias diferentes empregadas por quem investe em cada tipo de modalidade.
No caso do Club Deal, Rede de Anjos, Crowdfunding de Investimento e Aceleradoras, a estratégia utilizada mais comumente é a de diversificação e montagem de portfólio, ou seja, a teoria é que você deve espalhar seus investimentos em várias startups e, de acordo com o histórico de probabilidades, em torno de 70% não darão certo, 25% darão algum retorno e 5% darão lucro exponencial.
Já para investir via Fundos VC e VC Series A-Z utiliza-se um gestor que escolhe os deals que fazem sentido para compor o portfólio e geralmente não há qualquer influência do investidor na escolha das startups.
Para os investidores-anjo individuais, investidores Seed e VC Board, a estratégia é de buscar um investimento mais direcionado, com portfólios menores com alta dedicação de tempo e focado em startups em estágios bem mais avançados. A ideia é buscar ativos que tenham alto potencial de escala e que possam usufruir da ajuda que o VC pode oferecer.