Em meio à crise que assolou o mercado em 2022, várias startups tiveram que lutar pra manter o status de unicórnio. Ainda assim, 2022 foi o melhor ano pra startups, depois de 2021.
Mais: 21 startups pra ficar de olho em 2023.
#VC
2022 foi o melhor ano para as startups, depois de 2021
Que 2022 iniciou um pouco mais retraído já cansamos de falar por aqui. Mas quando o comparamos com os demais anos, 2022 foi segundo melhor ano da história no venture capital em todo o mundo.
Segundo a Latitud, foram 874 deals e US$ 22 bilhões em volume de investimentos, e isso sem considerar o último tri que não foi contabilizado no levantamento.
No Brasil, o cenário foi bem parecido: o volume investido entre janeiro e novembro de 2022 já supera o total de cada ano entre 2013 e 2020, de acordo com dados da Distrito. O total de investimentos chegou à US$ 4,48 bilhões – volume que é só menor que o do ano passado, quando foram investidos US$ 9,8 bilhões.
“Apesar da menor liquidez em relação a 2021 por causa da alta de juros e reprecificação dos ativos de risco, o setor ainda está bastante resiliente”, comenta Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito. “Os investidores continuam em busca de boas histórias de inovação e tecnologia que podem transformar a economia e a sociedade”.
#unicórnios
Ex-unicórnio: o status que está assombrando algumas startups
Já no início do ano, um sinal de alerta soava no mercado: há uma bolha, as tendências macroeconômicas não são boas, startups devem rever seus modelos de negócio.
Algumas não ignoraram os sinais e fizeram ajustes logo no início. Já outras, pagaram pra ver.
Aquelas que captaram rodadas de investimento recentes, ficaram mais tranquilas, mas as que captaram mais cedo, lá em 2021, ou antes, e buscavam uma nova rodada, sofreram. Muitas delas tiveram que amargar um down-round: captar por um valor menor do que a rodada anterior.
Vou dar alguns exemplos 💡
- A Klarna teve de aceitar um valuation de US$ 6,7 bilhões, depois de ter captado com um valor de US$ 45,6 bilhões.
- A Stripe saiu de US$ 95 bilhões para US$ 74 bilhões.
- A BlockFi foi que chegou mais perto de perder o status de unicórnio: caiu de US$ 3 bilhões para US$ 1 bilhão (valor mínimo para ainda permanecer no clube dos unicórnios).
Quem conseguiu driblar o down-round em 2022 prometeu aos investidores um break-even mais imediato.
- Foi o caso da NotCo, que recebeu mais de US$ 70 milhões na última rodada, sem diminuir o valuation. Para não correr o risco de uma outra rodada em pouco tempo, a NotCo já alegou que deve se tornar lucrativa em dois anos, quando o plano original previa cinco. Como ela vai fazer? Sacrificando o crescimento e aumentando as margens.
Já os unicórnios nascidos por aqui…
Investidores e especialistas preveem que o movimento de down-rounds deve passar a acontecer aqui.
Das paredes para fora dos escritórios dos unicórnios, um sinal claro da vontade de adiar as rodadas para tentar escapar de uma subvalorização do negócio foram as constantes demissões.
Os layoffs, como ficaram conhecidos, atingiram praticamente todas as grandes startups brasileiras: iFood, 99, Loggi, QuintoAndar, Loft, Facily, Vtex, Ebanx, MadeiraMadeira, Mercado Bitcoin, Olist, Unico, Hotmart, Dock e por aí vai… Leia o artigo completo.
#towatch
21 startups brasileiras para ficar de olho em 2023
A América Latina é uma das regiões geográficas mais ativas em número de startups, e o Brasil se destaca. Segundo a Statista, 21% dos brasileiros estão envolvidos no ecossistema de startups.
Dentro do Brasil, os estados que mais se destacam são: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catariana. Sobre o setor das startups brasileiras, a maioria é de fintechs.
Em quem ficar de olho? A Exame Invest listou 21 startups para os investidores acompanharem mais de perto em 2023:
- Agrolend
- 180o Insurance
- Inventa
- Piipee
- Curseria
- Galena
- Nude
- BotCity
- Tabas
- SkillCore
- InHouse Market
- Tractian
- Moss.Earth
- Gavea Marketplace
- iUPay
- Digibee
- Speedbird Aero
- Beeva
- Veroo
- Brelo
- Hauseful
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