Os tempos pandêmicos, com suas restrições, geraram novas prioridades de vida para uma grande parcela da sociedade. Viajar e explorar um novo destino passou de desejo a necessidade, segundo o relatório Travel Trends, desenvolvido pela Labelium. Quem ganha com isso é o setor de traveltech.
Para 46% dos entrevistados no estudo, é mais importante viajar agora do que era antes da pandemia. Essa tendência já é percebida no mercado de turismo: segundo a Organização Mundial do Turismo, ligada à ONU, para 2023, a recuperação global do setor deve chegar a 95% dos níveis registrados pré-pandemia.
Essa prioridade também já reflete no orçamento: 43% confessaram que seu orçamento de viagens será maior em 2023 do que no ano passado. Desse montante, de 10 a 16% são gastos em tours e atividades, que, por sua vez, é o setor do turismo que mais cresce (9% ao ano).
A vertical de Tours & Atividades já é o terceiro maior setor em volume movimentado do turismo, ficando atrás apenas do aéreo e hoteleiro. Em fase de digitalização, somente 27% dos tours e atividades são reservados online.
Inserida nesse contexto, a iFriend digitaliza esse setor, ainda muito analógico, oferecendo guias locais e experiências turísticas através do seu site. Com sua plataforma, conquistou investimento de um fundo de venture capital internacional e a entrada societária do Grupo BeFly, líder do setor turístico brasileiro atendendo 700 mil passageiros por mês e possui o maior ecossistema de turismo da América Latina. A BeFly por sua vez é a agência oficial do The Town e a iFriend através de sua plataforma tecnológica distribui os pacotes de hospitalidade do festival.
A iFriend
A traveltech opera um marketplace de experiências turísticas e tem como produto principal a oferta de guias turísticos locais – em diversos países do mundo. Diferente da contratação em uma agência física ou da busca de momento no local, é possível ver fotos, descrições, idiomas falados e avaliações de cada guia antes mesmo de chegar no destino.
O serviço caiu no gosto dos viajantes por diversos motivos, seja por ter uma companhia para aqueles que viajam sozinhos (38% deles), segurança em destinos exóticos, dificuldade com o idioma local ou inglês, otimização de tempo na elaboração do itinerário e a vontade dos turistas de fugir do turismo tradicional, buscando experiências mais autênticas – que só podem ser proporcionadas por um guia local.
Essa vontade de viver experiências exóticas, destinos incomuns e fugir da mesmice são refletidas também no relatório da Travel Trends. Para 73% dos viajantes a nova vontade é de experimentar viagens “fora da zona de conforto”, que os levem ao limite.
Para satisfazer as mais diferentes necessidades dos turistas, a iFriend oferece quatro serviços principais: iFriend Guides, carro-chefe da startup, oferecendo guias locais; iFriend Experiences, ingressos e reservas de experiências; iFriend Planner, consultoria completa de viagem; e iFriend Virtual, uma forma de conhecer gratuitamente, à distância, o destino antes de chegar lá. O último produto foi lançado na pandemia e já conta com mais de 80 mil visualizações.
Mercado de traveltech
O mercado de turismo, em que a traveltech está inserida, representa 10,4% do PIB global (US$ 8,8 trilhões). É também o maior empregador do mundo e um dos setores mais resilientes da economia. Cresceu de forma constante nos últimos 70 anos, com quedas em apenas 3 anos: 2002, com o 11 de setembro; 2009 na crise financeira; e 2020, com a pandemia.
Após os momentos de retração, o turismo sempre sofreu rápida recuperação e, com a demanda reprimida, costuma ver saltos em crescimento logo depois de uma queda do mercado.
A chegada dos grandes players
Com a meta de se tornar um grande player do turismo de experiências na América Latina, o iFriend busca alcançar um lugar de destaque que já foi conquistado por outros players em outras regiões e que já viraram unicórnios, tais como: Klook, Viator e GetYourGuide.
O modelo de negócio da iFriend consiste em um marketplace, ou seja, a startup recebe monetização sobre cada reserva efetuada na plataforma. A remuneração pode chegar a 40% no B2C (direto ao consumidor) e 25% no B2B2C (venda através de uma outra empresa).
No modelo B2B2C, já atraiu parceiros gigantes, como Localiza, Maxmilhas, Latam Pass e Tengroup (concierge da Visa e Mastercard). Com todo esse crescimento, fechou sociedade e parceria comercial e societária com a BeFly, maior ecossistema de turismo da América Latina.
Somente em 2022, a BeFly contou com 7 milhões de passageiros e R$ 8 bilhões em faturamento, com previsão de chegar aos R$ 12 bilhões ainda neste ano. Como reflexo da parceria, a BeFly e a iFriend serão os responsáveis por vender 5 mil pacotes turísticos do festival The Town (dos mesmos organizadores do Rock in Rio).
Traveltech internacional
Como produto principal, a iFriend oferece guias e experiências turísticas nos idiomas português, inglês e espanhol em quase todos os destinos. A startup gera impacto social e econômico nos destinos onde atua, com presença em 132 países em mais de 2.600 cidades, contando com mais de 6 mil guias cadastrados.
A satisfação dos clientes também demonstra o potencial da traveltech: 96% dos clientes avaliam os serviços como 5 estrelas. Além deles, a startup já ficou entre as 100 startups de turismo mais promissoras do mundo e ganhou inúmeros prêmios do segmento, como o Ranking Top 100 Startups em 2022.
Para continuar sua escalada, a iFriend está com rodada de investimento aberta na Captable e conta com coinvestimento da Wintech Ventures, fundo de investimento internacional. A startup já faturou, apenas nos três primeiros meses de 2023, metade do faturamento de 2022 inteiro – e projeta chegar a R$ 73 milhões de GMV em três anos. Confira todos os detalhes e faça parte desse crescimento.