Edição 122
OpenAI negocia rodada que pode avaliá-la em mais de US$ 100 bilhões.
Mais: Cerebras bate desempenho da Nvidia; e Cellva planeja alcance global.
OpenAI, Criadora do ChatGPT, pode valer mais de US$ 100 bi
A OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, está em negociações avançadas para uma nova rodada de investimento que pode avaliar a empresa em mais de US$ 100 bilhões.
A Thrive Capital, uma gestora de venture capital, está liderando a rodada com um aporte de cerca de US$ 1 bilhão. Esse investimento é esperado para superar o valor de US$ 10 bilhões que a Microsoft injetou na OpenAI em janeiro de 2023.
A avaliação anterior da empresa, de US$ 86 bilhões, foi estabelecida no final de 2023, quando funcionários venderam ações.
Competição intensa
O mercado de inteligência artificial está cada vez mais competitivo, com grandes players como Google, Amazon e Meta investindo fortemente em suas próprias tecnologias.
A Amazon e o Google, por exemplo, investiram US$ 6 bilhões na Anthropic, uma concorrente direta da OpenAI. A Meta, por sua vez, está integrando seu modelo de IA em seus aplicativos, disponibilizando-o gratuitamente para os usuários. Apesar disso, o ChatGPT mantém sua posição de liderança, atraindo centenas de milhões de usuários mensais.
Investimentos para manter a liderança
Para continuar na vanguarda do mercado de IA, a OpenAI precisa de grandes investimentos. O capital levantado nesta nova rodada será crucial para o desenvolvimento de novos produtos e para sustentar a posição da empresa como líder no setor.
A competição acirrada e o rápido avanço tecnológico tornam esses aportes essenciais para que a OpenAI continue inovando e mantendo seu destaque em um mercado em constante evolução.
A Bossa Invest e a Captable uniram forças novamente para lançar uma nova rodada de investimentos focada em startups globais de alto valor, especialmente nos Estados Unidos. Esse Pool inclui a OpenAI, Anthropic e outros grandes players dos setores de IA, indústria aeroespacial e robótica.
Cerebras bate Nvidia em processamento para IA
A Cerebras Systems apresentou uma nova ferramenta para desenvolvedores de inteligência artificial, oferecendo uma alternativa mais acessível e eficiente aos processadores da Nvidia, amplamente utilizados no setor.
A ferramenta permitirá que desenvolvedores acessem os chips superdimensionados da Cerebras para executar aplicativos de IA, como o ChatGPT, com maior desempenho e a um custo menor.
Andrew Feldman, CEO da Cerebras, destacou que a empresa está fornecendo uma solução que supera as unidades de processamento gráfico convencionais em precisão e custo, o que pode revolucionar o mercado de IA.
Crescimento acelerado no mercado
O mercado de inferência de IA está em rápida expansão, com a previsão de alcançar um valor de dezenas de bilhões de dólares à medida que empresas e consumidores adotam novas ferramentas.
A Cerebras planeja explorar esse mercado oferecendo produtos de inferência tanto através de uma chave de desenvolvedor quanto por meio de sua nuvem, além de vender seus sistemas de IA para empresas que preferem gerenciar seus próprios centros de dados.
Os chips da Cerebras, conhecidos como Wafer Scale Engines, oferecem uma vantagem significativa ao evitar a necessidade de múltiplos microprocessadores conectados, resultando em um processamento de dados mais rápido e eficiente.
Planos para o IPO
Com planos ambiciosos de crescimento, a Cerebras está cobrando dos usuários apenas dez centavos de dólar por milhão de tokens, o que pode tornar sua oferta ainda mais atraente para desenvolvedores e empresas.
A empresa também está se preparando para abrir seu capital, tendo apresentado um prospecto confidencial à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) este mês.
Essa movimentação indica a intenção da Cerebras de expandir sua presença no mercado de IA e competir diretamente com gigantes como a Nvidia, oferecendo soluções mais inovadoras e acessíveis.
A Cerebras Systems também está no Pool Bossa & Captable II e é possível investir nela e em outros expoentes da IA de uma só vez. Confira mais informações.
Cellva, biotech brasileira, expande fronteiras com gordura animal cultivada
A Cellva, uma empresa de biotecnologia, está ganhando atenção no mercado global com sua abordagem inovadora de cultivo de gordura animal e bioingredientes em laboratório.
Utilizando biorreatores avançados, a empresa desenvolveu um processo que permite o cultivo de gordura suína em ambiente controlado, sem a necessidade de abate de animais.
A gordura cultivada em laboratório oferece ácidos graxos como ômega-3 e ômega-9, proporcionando uma alternativa sustentável à gordura animal tradicional em produtos alimentícios.
Expansão internacional e mercado de nutracêuticos
Para ampliar sua atuação e comercializar seus produtos patenteados em novos mercados, a Cellva recentemente arrecadou uma rodada seed de R$ 8,5 milhões, atraindo investidores nacionais e internacionais, incluindo Fundepar, Proveg, Rumbo, AirCapital e EA Angels.
Um grupo de 151 investidores individuais liderados pela Captable também participou, representando 10% do montante total. Segundo Sérgio Pinto, CEO e cofundador da Cellva, a empresa está focada em atender à crescente demanda por ingredientes sustentáveis e de alto desempenho em mercados globais, com ênfase particular no mercado de nutracêuticos nos Estados Unidos, onde o setor é mais desenvolvido.
Perspectivas e estratégia de crescimento
Apesar de ainda gerar uma receita modesta, a Cellva está mais preocupada em fechar grandes contratos comerciais do que em realizar vendas menores. A empresa planeja aumentar sua produção para 8 toneladas por mês até a primeira metade de 2026, com a expectativa de atingir uma receita de R$ 15-20 milhões até o final do ano.
O CEO ressalta que a Cellva está considerando uma nova rodada de captação de cerca de US$ 8 milhões, impulsionada pelo interesse de investidores dispostos a apoiar o crescimento da empresa a longo prazo, equilibrando a necessidade de recursos adicionais com a manutenção de uma estrutura acionária adequada.
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