Atenção voltada para as healthtechs

Maio começou com as repercussões das mudanças de regulação da CVM, healthtechs atraindo atenção e Dia do Trabalho. Vamos lá!

#venturecapital

Em abril, startups brasileiras captaram US$ 436,8 milhões

Segundo levantamentos do mercado, as startups brasileiras movimentaram US$ 436,8 milhões em investimentos no mês de abril. O valor bateu o de abril do ano passado, quando foram captados US$ 416,3 milhões.

No acumulado de 2022, foram investidos de US$ 2,3 bilhões, em 238 rodadas – uma queda em comparação aos primeiro quatro meses de 2021, que movimentaram US$ 2,4 bilhões em 273 rodadas.

Seguindo a tendência do mercado, o setor com maior quantidade de investimentos foi o financeiro: as fintechs receberam US$ 1,2 bilhão em aportes. Logo atrás, vem as retailtechs (varejo), com US$ 281,6 milhões, e de HRtechs (recursos humanos), com US$ 219,2 milhões.

Mesmo com uma desaceleração, o volume investido em 2022 não é motivo de muitas preocupações. Juros altos ou instabilidade econômica afetam fortemente aqueles que olham a curto prazo, o que não é o caso de um investidor em inovação digital. A vontade de direcionar capital para negócios que podem crescer exponencialmente é suficiente para manter o setor aquecido.

Afinal, o ciclo de investimento em startups é maior que ciclos econômicos ou políticos. Quem entender que ciclos passageiros não devem impactar estratégias de longo prazo, continuará apostando na Nova Economia.

#healthtechs

Correndo por fora, as healthtechs tem dado o quê falar

Já pensou se fosse possível prever doenças que você pode vir a desenvolver?

Parece propaganda enganosa, mas é tudo na base da ciência e tecnologia mesmo. Através de uma plataforma que une algoritmos médicos a uma nova experiência em exames laboratoriais, a Health ID desenvolveu o primeiro kit completo de autocoleta de sangue.

O próprio usuário escolhe quando fazer o jejum, sem precisar se deslocar para o médico ou para o laboratório. A startup oferece opções de diagnóstico para áreas como doenças crônicas, saúde cardiológica, e, em breve, estresse, sono, entre outros.

No final de abril, a Health ID chamou a atenção de 220 investidores e levantou R$1,05 milhão em 20 horas através da CapTable. O valor levantado será usado para ganhar tração no produto, e os alvos serão operadoras de saúde, laboratórios e farmácias.

Na onda da Health ID, está a Digital Aligner, healthtech DNVB que produz e fornece alinhadores ortodônticos transparentes, que captou R$1 milhão em apenas 2 dias.

A Health ID e a Digital Aligner chamaram a atenção dos investidores, tendo os mesmos princípios de empresas como Nubank e Gympass, que vieram para simplificar uma parte da rotina das pessoas.

#captable

Trabalhar 4 dias por semana ou de qualquer lugar do mundo

Maio iniciou com o Dia do Trabalho, e nós não podíamos deixar de comentar sobre a decisão do Airbnb de permitir que seus funcionários trabalhem de onde quiserem sem que isso afete as suas remunerações. A medida foca na contratação e retenção de melhores talentos, para além das possibilidades do raio do escritório.

A novidade do Airbnb os posiciona do lado contrário de outras grandes empresas de tecnologia, como Apple, Meta e Google, que planejam ou já tiveram a volta aos escritórios, mesmo que, em alguns casos, de forma híbrida.

Já algumas outras empresas, estão dando fins de semana de três dias para seus colaboradores, como a Microsoft, no Japão, e a Unilever, na Nova Zelândia. Isso mesmo: muito tem se falado sobre a mudança da semana de trabalho de 5 para 4 dias.

Mas, independente se for 5 ou 4 dias e de casa ou escritório, o que as empresas vem tentando é fazer com que os seus colaboradores entreguem mais e melhor, quando os indíces de produtividade estão em queda…

E mais: Projeto que propõe regulamentar o futuro do trabalho nos aplicativos de entrega

#demoday

Os dois primeiros dias do South Summit, evento internacional de tecnologia e inovação que acontece pela primeira vez no nosso país, renderam muitos insights, conexões e networking.

Em painel, Guilherme Enck, cofundador da Captable, e Sérgio Finger, cofundador e CEO da Trashin, que captou duas vezes pela plataforma, falaram sobre suas experiências e desafios em quesitos jurídicos e de valuation (valor de mercado) de startups, uma das questões mais delicadas quando nos referimos, especialmente, a negócios digitais em fases iniciais.

“É impraticável calcular o valor de startups usando padrões de empresas tradicionais”, disse Enck quando perguntado como é possível confirma informações das startups que se candidatam a rodadas de investimentos na CapTable.

Nesse sentido, alternativas jurídicas para tentar segurar algum amparo legal em questões ainda não regulamentadas foram elencadas como forma de garantir certa segurança em desafios inéditos nos negócios.

“Houve situações em que enfrentamos onde foi colocado em jogo a palavra performance”, contou Finger. “Queriam colocar metas para a Trashin onde não existiam parâmetros para se basear por se tratar de uma atuação inédita dentro do mercado e que nós estávamos abrindo caminho”.

Por se tratar de um setor em que disrupções são mais frequentes do que em outros segmentos de mercado, esse tipo de situação é mais comum do que se imagina. E as legislações, muitas vezes, não acompanham o ritmo.

Algumas mudanças no mercado, no entanto, devem passar a acontecer a partir de julho, quando a Resolução 88 da CVM, anunciada semana passada, entra em vigor.

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