Nesse guia completo de investimento em startups em 2024 você encontra os principais conceitos e dúvidas de quem está entrando nesse mundo. Abaixo você confere temas como: o que é uma startup, exemplos de startups, os tipos de startups, como funciona o investimento em startups, por que investir em uma startup e mais.
- O que é uma startup?
- Quais exemplos de startups?
- Quais são as características de uma startup?
- Quais são os tipos de startups?
- O que é investimento em startup?
- Quais os tipos de investimentos que uma startup recebe?
- Quem pode investir em uma startup?
- Como investir em startup?
- Como investir em startup com pouco dinheiro?
- Por que investir em uma startup?
- Quais são os riscos de uma startup?
- Como calcular valuation de startups?
- O que é diluição de startups?
- Qual a maior startup do Brasil?
- Melhores startups para investir?
- Por que começar a investir em startups?
- Qual a melhor plataforma para investir em startup?
- Onde procurar startups?
- Como investir em startups via aceleradora?
- Como investir em startups através de investimento-anjo?
- Como investir em startups através de plataformas de investimento?
- Qual é o valor mínimo para investir em startups?
O que é uma startup?
Uma startup é uma empresa que geralmente está em fase inicial e que utiliza a tecnologia de forma intensiva em todos os processos possíveis e, por isso, consegue aumentar exponencialmente o número de clientes e a sua receita sem aumentar da mesma forma os recursos necessários para prestar o seu serviço, tais como equipe e custos de forma geral.
Isso torna o seu modelo escalável e, caso tudo corra bem, em poucos anos o faturamento (e, como consequência, o valor da empresa) poderá ser multiplicado algumas vezes. Vale lembrar, startups começam, geralmente, com pouquíssimo dinheiro e muito risco. Para chegar ao sucesso, tropeçam, erram, se adaptam e, com sorte – e investimento –, chegam ao lucro.
Em resumo, uma startup é um coletivo de pessoas em busca de um modelo de negócios escalável e repetível – com uma grande pitada de incerteza.
E é justamente por conta dessa incerteza – seja por conta de ainda não haver encontrado o modelo de negócio, ou porque os custos para manter a operação ainda são maiores que a receita – que o investimento em startups é essencial para que esses negócios tenham chance de prosperar e mudar a vida da sociedade.
Startups são empresas ainda no início de sua jornada de crescimento e, portanto, um dos investimentos com maior possibilidade de valorização. Ao investir em uma startup você está entrando em um ponto muito inicial do negócio, que pode crescer exponencialmente e trazer grandes retornos.
Ao mesmo tempo, investir em um negócio em estágio inicial também significa um grande risco. É por isso que os maiores investidores de startup do mundo recomendam distribuir o investimento em diversas startups, assim o risco é diluído.
Quais exemplos de startups?
São exemplos de startups muito conhecidas hoje em dia – e que é provável que você use ou já tenha usado alguma vez na sua vida, empresas como Google, Uber, Facebook, Airbnb, 99, Nubank, entre outras.
Quais são as características de uma startup?
A característica mais marcante de uma startup é que são negócios altamente replicáveis, fáceis de crescer. Ou seja, ter um ou mil clientes tem praticamente o mesmo custo – é um negócio escalável. Através de plataformas online, apps e inteligência artificial, as startups conseguiram tornar seus modelos de negócio altamente escaláveis.
Por exemplo, o AirBnb, através de uma plataforma online de aluguéis, conseguiu ser asset-light, não precisando ter imóveis para alugar – fazendo simplesmente a intermediação entre locador e locatário.
O Uber, através de um app, construiu um serviço de mobilidade urbana que possibilita que a empresa não precise ser dona de uma frota de carros, mas terceirizar essa responsabilidade aos motoristas, que ganham uma parcela do valor de cada corrida com seus próprios veículos.
O Nubank construiu um sistema de atendimento via chat que requer menos recursos humanos que inúmeras agências físicas espalhadas pelo país, seu app resolve boa parte daquilo que necessitava uma ida à agência. Além de ser asset-light por não precisar ter milhares de agências físicas que geram custos que aumentam progressivamente ao crescimento.
Empresas que oferecem marketplaces, como Amazon e Mercado Livre, também são altamente escaláveis. Elas não precisam necessariamente possuir estoque dos produtos, apenas oferecer uma plataforma online para mediar as vendas, deixando a responsabilidade de gerir estoques para os vendedores. Com isso, ambas se tornaram gigantes ao conseguir escalar seus negócios sem investir na mesma proporção.
Há alguns segmentos que são naturalmente escaláveis como o de Software as a Service (SaaS): oferecer um software como serviço não implica em aumentar seus custos, dessa forma, aumentar sua base de clientes aumenta sua receita recorrente, mas o custo para desenvolver o software para os clientes futuros é zero. Claro, é necessário continuar investindo para oferecer novas funcionalidades, mas, em teoria, os custos de desenvolvimento para oferecer seu software para 1 empresa ou 100 empresas, deve ser o mesmo.
É importante destacar que a tecnologia tem papel fundamental nos negócios escaláveis. É ela que é responsável por reduzir custos e possibilitar crescimento sustentável dos negócios, sem necessitar investimentos que crescem ao mesmo ritmo que a base de usuários.
Quais são os tipos de startups?
Os tipos de startups são categorizações amplas que descrevem diferentes objetivos, estruturas e caminhos que startups podem seguir. São seis tipos de startups principais: scalable startups, small business startups, buyable startups, large company startups, lifestyle startups e social startups.
Confira o que define cada tipo:
Scalable startups
Uma scalable startup é uma startup altamente escalável, estruturada desde seu princípio para receber investimento externo, expandir rapidamente e atingir níveis de execução elevados.
Por padrão, as scalable startups precisam de capital de risco para se manter no princípio de suas jornadas, levando anos, até mesmo décadas, para se tornarem autossuficientes.
Também conhecidas como scale-ups, as scalable startups são o exemplo mais conhecido de startup, entram nessa categoria negócios como Uber e Nubank que levaram anos para se tornarem lucrativos, dependendo de dezenas de rodadas de investimento para continuar operando e crescendo até atingir o ponto de equilíbrio.
Small business startups
As small business startups referem-se a uma categoria muitas vezes nem considerada como startup por alguns especialistas. São negócios que miram um público consumidor restrito, com pouca chance de crescimento.
A small business startup é um pequeno negócio, sem objetivo de expansão, atendendo apenas uma demanda local. São negócios que podem dominar um mercado em uma determinada região e, com sorte, chamar a atenção de um grande player que queira se estabelecer ali e serem adquiridos.
Buyable startups
Buyable startups já são criadas preparadas para serem vendidas. Cria-se um produto ou serviço robusto e atraente, escala o produto até chamar a atenção de um fundo de private equity ou de uma empresa gigante do setor.
As buyable startups são vendidas a empresas maiores ou startups em estágio mais avançado do mesmo nicho. São essas buyable startups que muitas vezes são o objetivo do investidor – seja ele de venture capital ou de outro tipo de veículo (plataformas de investimento, investidores-anjo, aceleradoras, ou outros).
As buyable startups costumam dar retorno rápido – com a venda, ocorre o exit em um prazo curto, muitas vezes chamado de early-exit, e gera retorno considerável em curto espaço de tempo aos investidores.
Large company startups
As large company startups se tornam gigantes, bem-estabelecidas no mercado, seguindo sempre em busca de inovação para manter a relevância frente aos concorrentes.
Além de entregarem produtos já consolidados, constantemente estão testando e escalando soluções acessórias para continuar inovando em seu segmento.
Lifestyle startups
As lifestyle startups são os negócios desenvolvidos por empreendedores que tornam uma parte do seu estilo de vida em negócio. A lifestyle startup é geralmente uma paixão do fundador que decide tornar o hobby em negócio.
Social startups
A social startup é um negócio cujo objetivo central é gerar impacto social em sua região de atuação.
A social startup pode ser uma ONG, mas também se refere à categoria de startups que gera lucro através da transformação social das comunidades onde atua – ainda assim, o foco principal não é o lucro.
O que preciso saber sobre investimento em startup?
O investimento em startups, adequadamente chamado de “capital de risco” ou, em inglês, “venture capital”, é o que permite que empreendedores persistam na busca pelo modelo de negócios adequado enquanto ainda não existe receita.
Depois do modelo de negócio encontrado e validado, a receita deve começar a crescer. Ainda assim, em um cenário de muita competitividade – com outras startups ou empresas – outras rodadas de investimento provavelmente serão necessárias até que a empresa seja completamente sustentável.
Na lógica do venture capital, inclusive, esses investimentos continuam ocorrendo na busca de conquistar mais mercado e crescer mais rápido.
O ciclo de investimentos das startups começa por um aporte inicial, realizado por investidores anjo. Depois, podem passar por uma aceleradora. Em seguida, fazem uma rodada pre-seed ou seed – via crowdfunding ou com fundos early-stage.
O próximo passo é a Série A, mas antes, algumas ainda precisam de uma nova rodada (seed ou bridge) para chegar até o tamanho necessário para conquistar uma Série A. Daí para frente, séries B, C, D, E – e assim por diante –, os fundos de venture capital entram na jogada, especialmente aqueles focados em late stage.
É como se fosse uma corrida de revezamento, onde o investidor anterior potencializa o negócio para eliminar alguns riscos e validar mais hipóteses, passando para o próximo player investir – geralmente, por um valor de mercado maior (valuation) e menos participação. É nesse revezamento que a startup vai crescendo e comprovando o seu valor – e dando muito dinheiro para quem investiu nela.
Importante lembrar: quem investe antes, compra mais participação no negócio e por um valor menor. Ou seja, se der certo, ganha mais.
Quais os tipos de investimentos que uma startup recebe?
Desenvolvimento e captação de recursos andam lado a lado no ecossistema de startups. Para cada rodada de captação, diferentes players analisam se o negócio possui a estrutura esperada para aquele estágio. Para passar para o próximo, a startup precisa utilizar o capital recebido na rodada anterior para atender aos requisitos do próximo estágio.
Conheça os principais estágios da trilha de fundraising:
Pré-Seed
O estágio mais inicial de uma startup. É nesse momento que ocorrem os primeiros testes e lançamento de MVPs (Produtos Mínimos Viáveis). Com investimentos menores, de R$ 100 mil a R$ 400 mil, esse estágio conta, principalmente, com investimentos protagonizados por investidores-anjo, aceleradoras e pessoas próximas aos fundadores (família e amigos).
Os investidores desse estágio costumam analisar o negócio com foco na construção de um produto e de um modelo de negócios economicamente viável. Por isso, as startups devem provar que o negócio consegue se manter e que há uma dor real sendo resolvida, além de comprovar a demanda pelo produto/serviço oferecido.
Seed
Seed é o estágio onde a startup começa a apresentar tração – investindo principalmente em marketing e no time de vendas, para iniciar uma trajetória de crescimento. Para captar investimentos nessa fase, a startup precisa ter os resultados e feedbacks dos primeiros testes (MVPs) e ter realizado as melhorias identificadas como necessárias neles.
Como os recursos buscados nesse estágio são para tracionar o negócio, é necessário que boa parte dos impeditivos da escalabilidade já tenham sido resolvidos. Os investimentos costumam variar de R$ 400 mil a R$ 2 milhões e são realizados principalmente por grupos de investidores-anjo, plataformas de investimento coletivo (como a CapTable), fundos seed e aceleradoras.
O que é analisado nesse estágio é principalmente o estudo sobre as projeções da startup. O investidor dessa fase analisa principalmente a capacidade de faturamento do negócio e o quanto esse valor pode crescer no futuro.
Séries A, B, C
Nesses estágios a startup requer um reconhecimento crescente no mercado (ou seja, na Série B os requisitos são maiores que na série A e assim sucessivamente). A necessidade de recurso é principalmente causada pela necessidade de aumentar a estrutura e se tornar um grande negócio, representativo no mercado em que está inserida.
Na Série A os investimentos ficam acima dos R$ 5-7 milhões e crescem consideravelmente nas rodadas seguintes, podendo atingir centenas de milhões de dólares. Os aportes são majoritariamente feitos por fundos de Venture Capital e de Private Equity.
Os principais pontos a se observar para investir nesses estágios são os argumentos da startup que apoiam a ideia de que o negócio pode crescer e alcançar maiores fatias do mercado.
A lógica do ecossistema de startups é que para avançar para a próxima rodada um risco existente na rodada anterior precisa ser eliminado. Ou seja, depois de captar a rodada Seed, a startup monta um produto funcional; após a série A, o negócio precisa ganhar estrutura considerável; após a série B, é necessário provar que o negócio consegue escalar.
As rodadas, que acompanham os estágios de crescimento, são como janelas de oportunidade, quando é possível comprar participação no negócio. Diferente das empresas listadas em bolsa possuem um valuation – normalmente – crescente. Ou seja, quanto mais avançada for a rodada, mais cara será a compra da participação no negócio.
Quem pode investir em uma startup?
Qualquer um pode começar a investir em startups. Mas, como investimento de longo prazo, o investimento em startups faz sentido para pessoas que estão pensando em construir um patrimônio futuro e estar exposto a chances de multiplicar seu capital.
Em geral, esses investidores já são pessoas que possuem uma boa reserva de emergência, aplicações em renda fixa e investimentos em ações na Bolsa de Valores. Ao mesmo tempo, ficam frustrados ao ver notícias de sucessos das startups e não participar desse crescimento.
Como investir em startup?
Investidores profissionais geralmente buscam fundos de investimento para fazerem as escolhas por eles. Aportam um valor e os gestores distribuem nas startups que considerarem adequadas.
Para isso, pagam uma taxa de administração anual e mais uma porcentagem do ganho com as startups no caso de alguma saída (quando o investidor recebe a valorização do seu investimento).
Esse é, geralmente, um tipo de investimento que exige alto investimento inicial e aportes recorrentes para continuar investindo em novas safras do fundo. A diversificação fica por conta dos gestores que, de acordo com a tese do fundo, aplicam o capital nos negócios que julgarem adequados.
Como investir em startup com pouco dinheiro?
Mas não precisa ser tão inacessível – o investimento em startups já é possível de forma direta, sem intermediários e sem taxas, 100% online. A Captable permite investir R$ 1.000, R$ 100 mil ou R$ 1 milhão – é para todos que desejam participar desse mercado.
E você faz suas próprias escolhas: analisa a startup, define o tamanho do investimento e transfere o valor. Todo o processo de formalização do investimento é realizado de forma online e o acompanhamento do investimento acontece na própria plataforma.
Por que investir em uma startup?
A primeira coisa a entender para começar a investir em startups é que esse é um investimento que faz sentido dentro de uma estratégia diversificada de investimentos. É preciso limitar a exposição a esse tipo de investimento. O recomendado é reservar de 5% a 10% do capital disponível para investimentos para aportar nessa classe de ativos.
Como se trata de investimento de risco, mas com alto potencial de retorno, é importante não investir em uma só startup. Por exemplo, em um cenário onde você invista R$ 100 mil ao ano, é recomendado que você separe R$ 10 mil para investir em startups – com esse valor, você precisa escolher os negócios que se alinham à sua tese de investimento e acompanhar o desenvolvimento dos negócios.
Quais são os riscos de investir em uma startup?
Analisar uma startup para investir é uma maneira de reduzir, ou pelo menos prever, os riscos do negócio. Exige sensibilidade e a capacidade de projetar cenários futuros. Nessa análise, aspectos qualitativos e quantitativos são considerados – mas, dependendo do estágio, há um peso maior ainda na análise qualitativa.
Um dos pontos mais importantes da análise qualitativa é o time. Como no início a estrutura da startup é muito frágil, com poucos funcionários, alguns ainda sem dedicação exclusiva, o time que está tocando o negócio é muito importante. São os empreendedores fora da curva, que tocam o negócio em seu princípio, que são responsáveis por executar o planejamento e fazer a startup crescer.
Time
Dentro do âmbito de time, é observada a capacidade de execução, expertise técnica, histórico dos empreendedores (track record), maturidade, postura e perfil das pessoas que compõem a equipe.
Por exemplo, ao observar um perfil de sócios muito enviesados para o lado técnico é importante entender se há alguém com capacidade de gestão para assumir o cargo de CEO ou se é necessário buscá-lo fora da startup.
Da mesma forma, se o perfil dos sócios for predominantemente administrativo é importante entender se há alguém com expertise técnica suficiente para suprir as necessidades de desenvolvimento na startup. Por isso, nem sempre o empreendedor que projetou o negócio é a melhor pessoa para liderar a startup durante a execução do plano de crescimento.
Problema que a startup resolve
Outro ponto importante dessa análise é entender o tamanho do problema – ou dor, como é mais conhecido no mundo das startups – que o negócio se propõe a resolver. É preciso analisar se a dor realmente existe, se há alguém disposto a pagar pela solução (tamanho do mercado) e se a solução atende às necessidades dos clientes.
Outros pontos a se observar quanto à solução é se ela cria um lock-up (difícil desplugar) e se cria uma barreira de entrada significativa para concorrentes – para aprofundar é válido consultar um especialista de mercado.
Mercado
O terceiro ponto a se analisar é justamente o tamanho do mercado que esse problema representa. Dentro desse ponto são analisados o TAM (mercado total para o produto/serviço), o SAM (mercado acessível a médio/longo prazo) e o SOM (percentual do SAM que, de forma realista, é atingível pela startup no curto prazo).
Nesse ponto, também se observa o quanto os concorrentes – se existirem – representam de ameaça ao negócio e os diferenciais que a solução apresenta para conquistar mercado dos concorrentes.
Inovação
O quarto ponto é um fator ainda mais difícil de medir, a inovação. Startups com ativos únicos costumam ter maior barreira de entrada no mercado, mas oferecem retornos (exits) mais descolados do padrão do mercado. Além disso, é preciso entender o quão única é a solução para impedir que concorrentes criem um produto oferecendo o mesmo que a startup.
Modelo de negócio
O último ponto é entender se o modelo de negócio da startup é apropriado, se há escalabilidade, ou seja, se é possível que a startup cresça rapidamente o número de clientes sem aumentar os custos fixos na mesma proporção. Quanto ao modelo de negócio, alguns costumam se destacar: SaaS (Software as a Service), Marketplaces (iFood, MELI), HaaS (Hardware as a Service, IOTs) e IaaS (Infrastructure as a Service, AWS).
Cuidados importantes na análise de uma startup:
- Unit economics: a relação da receita de um modelo de negócio específico e o custo de uma unidade (produto ou serviço). São indicadores como CAC e LTV, que medem o impacto financeiro que um único cliente gera para a empresa.
- Cap table: composição do quadro societário, se não há muita participação distribuída, especialmente para não-executivos, se não há participação de familiares e se o fundador da startup não é único. Buscamos startups que possuam boa parte do seu capital social na mão dos fundadores e principais executivos, pois esse é o seu incentivo para fazer o negócio dar certo.
- Questões regulatórias: há algum impeditivo para o modelo de negócio por conta de legislação? Pode haver no futuro?
- Há modelo similar com sucesso em outros países?
Aspectos quantitativos
Agora que já mostramos os elementos qualitativos que compõem a análise de uma startup, vamos explorar alguns cuidados na hora de realizar uma análise quantitativa. A primeira coisa a se considerar quando for analisar o valuation proposto por uma startup é entender o estágio operacional da empresa.
Como calcular valuation de startups?
Caso ela já tenha um produto com fit no mercado, provavelmente já terá comprovado alguma tração de crescimento e, consequentemente, suas projeções para um Fluxo de Caixa Descontado (FCD) serão mais confiáveis. Normalmente um FCD terá menos peso no cálculo do Valuation e considera um horizonte de 3 a 5 anos futuros.
Em empresas Early Stage o peso maior na sua análise de Valuation será relacionado ao quanto de tração a empresa conseguiu gerar em um histórico de 12 a 24 meses – e a que estágio de resultados essa tração a trouxe no momento atual.
Embora não exista uma receita padrão para montar um modelo de análise – já que varia de acordo com o modelo de negócio e do produto/serviço de cada startup – O essencial é que o modelo tenha premissas muito claras de drivers de crescimento, de custos fixos e variáveis, de equipe e de planejamento de caixa.
Além de valuations superestimados não oferecerem perspectivas de retorno e atratividade para investidores, podem acabar prejudicando a startup no futuro. Valuations muito altos podem estabelecer patamares que podem prejudicar rodadas futuras, pois passam a afastar potenciais novos investidores que estariam interessados em compor uma nova rodada.
O que é diluição de startups?
Ainda, o planejamento de diluições é muito importante, e via de regra sempre é analisado e questionado por investidores junto a empreendedores. Os investidores sempre buscarão startups onde os empreendedores têm o famoso “skin in the game”, isto é, participação relevante da empresa que os manterá focados na operação e motivados a entregar resultados.
Nesse sentido, o próprio planejamento de caixa é muito importante. Startups com queima de caixa muito alta e ainda sem geração de resultado acendem o sinal amarelo, pois potencialmente irão exigir muitas rodadas para injeção de novo caixa e, consequentemente, novas diluições nessas novas rodadas.
Unit economics
Antes mesmo do exercício final de Valuation, é feito um estudo da proposta de valor e modelo de negócio da empresa. Após essa análise, é possível entender quais são as principais métricas do negócio e seus Unit Economics para mapear os sinais vitais da startup.
Além disso, os fatores qualitativos mencionados anteriormente também são levados em conta na análise e, durante as conversas, podem trazer mais segurança e causam efeito (positivo ou negativo) durante a negociação do valuation. Informações como histórico dos empreendedores, composição do cap table, barreiras de entrada e aspectos tecnológicos são pontos que podem voltar a ser abordados nas fases finais de negociação.
Qual a maior startup do Brasil?
A maior startup do Brasil é o Nubank. Isso se for considerada startup aquela empresa que já abriu capital em uma bolsa de valores. Considerando apenas as companhias de capital fechado, o Quinto Andar é a maior startup do Brasil. Confira a lista completa das 10 maiores startups do Brasil:
- Nubank
- Quinto Andar
- C6 Bank
- Creditas
- Nuvemshop
- Wildlife Studios
- Cloudwalk
- Mercado Bitcoin
- Loggi
- Stone
Nem só de unicórnios vive o investidor
Nem toda fintech é um Nubank e nem toda startup é um unicórnio. Por isso, valorizações exponenciais no investimento em startups são casos isolados, a rentabilidade está diretamente associada com a construção de um portfólio variado – com diferentes níveis de sucesso (e erros).
A rentabilidade de um grande fundo de Venture Capital não é definida somente por apostas certeiras, os investidores de grandes sucessos como Airbnb, Nubank e 99 não escolheram apenas uma startup para investir.
Para um investimento com retorno extremo, muitos outros com pouca ou nenhuma rentabilidade foram feitos. Por isso, o rendimento dos investimentos em startups deve sempre ser analisado sob a perspectiva do portfólio de um determinado investidor ou fundo.
A média histórica de retorno do Venture Capital é de 25% ao ano, segundo o National Bureau of Economic Research. Para o Harvard Business Review, essa rentabilidade flutua entre 25% e 35% ao ano.
Melhores startups para investir?
Para ter pelo menos um retorno exponencial é preciso montar um portfólio, onde você tenha mais chances de identificar uma startup que dará muito certo. Apenas 10% a 20% das investidas no seu portfólio precisam ser realmente exponenciais para que se atinja a taxa média de retorno de 25% a 30% ao ano. Muitos fundos ganham a sua reputação após um ou dois investimentos do tipo.
Lenny Rachitsky, um investidor-anjo americano com um portfólio de mais de 140 startups investidas, relatou que apenas um terço dos seus melhores retornos vieram de startups que haviam sido consideradas ótimas no momento de decisão. Ou seja, se Lenny tivesse investido apenas nessas startups, teria perdido dois terços dos seus maiores sucessos.
Segundo Rachitsky, investir em startups é muito mais sobre não perder as oportunidades de grandes valorizações do que evitar startups que não darão certo. Ainda, segundo Abe Othman da AngelList, nos estágios mais iniciais, os investidores aumentam suas chances de retornos maiores se diversificarem em todas as oportunidades confiáveis.
Na Captable, já ocorreram 3 exits e 6 follow-ons – A média de retorno das startups do nosso portfólio que foram adquiridas foi de 132%. Para as que realizaram follow-ons, a média de valorização foi de 190%. A média de valorização anual para as startups adquiridas ficou em 92,7%.
Para ter a chance de encontrar as startups que darão muito certo você precisa, portanto, montar o seu portfólio. Confira as opções disponíveis e comece hoje mesmo a construir seus retornos do futuro.
Por que começar a investir em startups?
Depois de um período de hipervalorização em 2021, as startups estão passando por um momento de correção: com valor de mercado (valuations) mais compatíveis com a realidade e mais boas oportunidades.
O foco renovado no early-stage, os estágios mais iniciais, acessíveis em plataformas como a Captable, também significa que até mesmo os investidores profissionais estão vendo valor no início da jornada das startups.
Segundo Marcelo Claure, ex-braço direito de Masayoshi Son, fundador do Softbank, e responsável pela chegada do banco no mercado brasileiro, o cenário é uma oportunidade de investir em negócios que são realmente disruptivos – a dificuldade na estruturação das rodadas também facilita para que o investidor entenda quais negócios realmente têm potencial – e com valores inferiores aos do passado.
Claure destaca que as empresas que tiverem produtos/serviços disruptivos aliados a operações bem ajustadas – que possibilitem o crescimento sem depender de novas rodadas de investimento, que serão mais escassas ou subavaliarão agressivamente o negócio – serão as grandes vencedoras nesse novo cenário.
Outros grandes investidores, como Jorge Paulo Lemann e André Maciel, apontam que esse é o momento certo para investir, já que os valores de mercado das startups reduziram e os empreendedores estão inclinados a aceitar ofertas mais baixas. Ou seja, o momento é de valuations menores e de boas oportunidades de comprar participação com valores mais atraentes.
Qual a melhor plataforma para investir em startup?
Em apenas 4 anos, a Captable tomou a dianteira do mercado e transformou a forma como se faz negócios em plataformas de investimento em startups.
São mais de 7,5 mil investidores que acessaram um mercado antes restrito. São pessoas que investiram R$ 1000, R$ 100.000 ou R$ 1.000.000. É para todos.
A Captable é a ponte que faz tudo isso ser possível – que conecta investidores a um celeiro de oportunidades. Foram essas oportunidades, aliadas ao nosso esforço em desbravar um mercado nascente, que atraíram 1.300 investidores qualificados para as rodadas.
Grandes executivos já investiram em nossas rodadas, de empresas como: Petrobrás, Vale, General Motors, Google, Nubank, iFood, Itaú, Unilever, AWS, QuintoAndar, Brazil Journal, PicPay, Loft, Globo, Bradesco, Apple, Microsoft, entre outras.
Da prestação de contas ao pós-conversão, passando pelos exits, construímos uma rede de valor para investidores e startups, onde o investimento é apenas o começo.
A Captable também foi pioneira em permitir que investidores vendam sua participação quando quiserem. Lançamos o primeiro mercado subsequente de ofertas, e já ultrapassamos R$ 1 milhão transacionados no Captable Marketplace em 658 investimentos únicos que tiveram liquidez possibilitada pela plataforma de negociações subsequentes.
Onde procurar startups?
Hoje, já existem diversos tipos de investimentos para startups, desde aquelas que estão em fase inicial até as que já possuem faturamento, mas que necessitam de capital para potencializar as vendas e ganhar escala.
Aqui vamos apresentar opções de investimento para cada estágio:
Como investir em startups via aceleradora?
As aceleradoras são a opção ideal para startups que estão em fase muito inicial, porque não só oferecem capital, como também acesso a uma rede de conteúdo e contatos, além de acompanhamento até a primeira escalada de vendas. Além disso, pela natureza dos investimentos das aceleradoras, aceita-se maiores riscos, assim o total do portfólio gira em torno de R$50 a R$100 mil, com os valores investidos por startup podendo variar.
Como investir em startups através de investimento-anjo?
Esse tipo de investimento também é uma opção para startups em estágio bastante inicial. Os investidores anjos agregam valor com sua rede de relacionamentos e seus conhecimentos, além do capital, claro. Geralmente, as startups contam com 2 a 5 investidores, com o investimento podendo variar de R$50 a R$250 mil para um portfólio com total entre R$250 mil a R$2,5 milhões.
Como investir em startups em plataformas de investimento?
Crescente no país, esse tipo de investimento teve um aumento de 43% em 2020, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), chegando a R$ 84,4 milhões investidos. Esse total é 10 vezes superior ao captado em 2016, de R$ 8,3 milhões.
Nesse ponto, as startups já validaram seus produtos no mercado, portanto o risco é médio. O retorno sobre o investimento nessa modalidade é menor que o das outras já citadas: a partir de dois anos, contra os 5-10 anos das aceleradoras e os 4 anos do anjo.
Na Captable, o valor investido por startup é a partir de R$1000, podendo variar de plataforma para plataforma, com portfólio recomendado de 5% a 10% da carteira de investimentos.
Qual é o valor mínimo para investir em startups?
O valor mínimo para investir em startups varia por estágio e tipo de investimento: para plataformas, como a Captable, é possível começar com R$ 1.000. Nos investimentos-anjo e aceleradoras o valor por investidor varia de R$ 10 mil a R$ 50 mil por startup.
Investimentos através de fundos de venture capital requerem aporte de pelo menos R$ 500 mil por investidor. O cheque que o fundo aplicará em cada startup começa em R$ 5 milhões e pode chegar a R$ 50 milhões, 100 milhões ou mais.