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Como investir em startups online? Um guia para iniciantes

Até pouco tempo atrás, investir em startups exigia dedicação e um grande volume de capital. As opções ficavam restritas às aceleradoras e grupos de anjo, que costumam exigir horas de dedicação mensal e um volume de investimento que não é acessível para todos – além da diversificação ser mais complicada. Ou de fundos de investimento que exigem grandes aportes. Agora, é possível investir em startups online.

Com o advento das plataformas de investimento em startups, como a Captable, uma porta foi aberta. Nelas, é possível investir a partir de mil reais em negócios com grande potencial de crescimento – e tudo de forma digital. Com esse valor mínimo, o investimento fica acessível para qualquer pessoa física ou jurídica, que também consegue definir a quantidade de dedicação por mês para as startups investidas.

Early-stage virou tendência

Antes, grandes fundos de investimento aportavam somente em startups de estágios mais avançados, conhecido como late-stage, mas isso mudou em em 2022, quando esses players passaram a olhar para o estágio contemplado nas plataformas: o early-stage.

Isso significa que, hoje, é possível investir no mesmo segmento que grandes fundos, mas com tíquete infinitamente menor. Ao investir um valor menor por startup também se abre a possibilidade de diversificar: investir em várias startups diferentes, garantindo menor risco.

A qualidade das startups que buscam esse tipo de modalidade de captação também já foi amplamente questionada, mas a Captable possui cases de sucesso no portfólio que comprovam o potencial das empresas captando pelo crowdfunding.

Um dos cases é o da fintech Alter, que foi comprada pelo Méliuz, e outro é o da Wuzu pela 2TM, controladora do Mercado Bitcoin. 

Como investir em startups online e ganhar dinheiro?

Depois de ter investido em um lançamento e aguardado a finalização da oferta, você pode começar a transacionar no Captable Marketplace. É possível vender a participação adquirida para outros investidores, buscando uma valorização, ou, até mesmo, adquirir títulos de outras startups que estão ofertados no Marketplace.

Há boas oportunidades de construir lucros frequentes, comprando por um valor menor e vendendo por um valor maior. É nessa diferença entre o preço que se compra e o valor que se vende que se realiza o lucro.

Essa nova forma de ganhar dinheiro rapidamente investindo em startups de maneira totalmente digital inexistia até julho de 2022, quando entrou em vigor a resolução 88 da Comissão de Valores Mobiliários. Com a nova regulação e, posteriormente, o lançamento do Captable Marketplace – o primeiro mercado de negociação de títulos de startups em operação –, os investidores podem decidir quando e por quanto querem vender suas participações.

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Outras novidades da CVM 88.

Investir em startups online: é possível ganhar antes

Antes o investimento em startups era apenas de longo prazo e os investidores tinham apenas uma forma de ganhar dinheiro. E essa possibilidade estava totalmente na mão da startup e do empreendedor. Claro, era (e ainda é) possível aguardar uma venda da startup ou uma nova rodada de investimento para receber a valorização do seu investimento.

Tanto que, antes do lançamento do Marketplace, e como falamos mais acima, a Captable já teve dois casos de startups do seu portfólio que foram vendidas, o que gerou boas valorizações para os investidores. O Alter, que foi vendido para o Méliuz, deu oportunidade para que mais de 800 investidores tivessem seu retorno com valorização. O case mais recente foi o da Wuzu, vendida para a 2TM, controladora do Mercado Bitcoin, que também deu a oportunidade para outras centenas de investidores terem seu lucro.

Mas a possibilidade de maior liquidez através do Captable Marketplace facilita que os ganhos ocorram de forma mais rápida. Afinal, basta definir o valor desejado e registrar sua ordem por lá e esperar alguém interessado aparecer para realizar seu lucro antes mesmo da startup ter uma possibilidade de venda, IPO ou nova rodada.

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Cases de investidores que já ganharam antes no Captable Marketplace.

Quem investe antes, ganha mais

O maior interesse no mercado early stage além de garantir que mais startups de sucesso cheguem aos estágios mais avançados e recebam novos aportes maiores (follow-on), gera múltiplos maiores de valorização do investimento.

É um resultado lógico. Afinal, quanto mais inicial a startup, menor é o valuation e mais barato sai a compra da participação nela. Assim, as startups que crescerem significativamente depois do aporte darão retornos maiores – multiplicando em muitas vezes o valor investido.

A lei de “quanto maior o risco, maior o retorno” funciona no Venture Capital também – e os fundos estão vendo até mesmo startups iniciais como mais maduras e no caminho para gerar bons retornos no médio a longo prazo.

Como reduzir os riscos ao investir em startups online?

A primeira forma de reduzir os riscos investindo em startups online é escolher uma plataforma confiável – basta fazer uma pesquisa no Google e em sites de reclamação para entender se são de fato negócios sérios. Também vale conferir a lista de plataformas autorizadas a operar pela CVM.

A Captable, a maior plataforma de investimento em startups do Brasil, por exemplo, já levantou mais de R$ 80 milhões, para mais de 50 startups, de mais de 6,5 mil investidores. Teve dois exits (Alter e Wuzu) e é a primeira a ser autorizada pela CVM e a de fato operar um espaço de negociação de títulos de startups entre investidores: o Captable Marketplace.

O Marketplace, inclusive, é uma das maneiras de reduzir o risco do investimento em startups. Ao ter a oportunidade de vender suas ações de startup na plataforma, o investidor reduz a probabilidade de ficar com o dinheiro imobilizado em uma startup que não está evoluindo como o desejado por ele. Antes, caso isso ocorresse, o investidor poderia perder o valor investido (sem restar outra opção).

Ainda assim, o investimento em startups é um investimento de risco e, por isso, a melhor maneira de obter maior chance de sucesso é diversificando os investimentos. Por exemplo: ao invés de investir R$ 10 mil em uma startup apenas, espalhe esse investimento em diferentes negócios, de diferentes segmentos. Assim, você reduz sua exposição ao risco de apenas um negócio – se um der errado, você possuirá outros 9 que podem valorizar e dar retorno que pague por um que deu errado.

Por que esse é o melhor momento para começar?

Depois de um período de hipervalorização em 2021, as startups estão passando por um momento de correção: com valor de mercado (valuations) mais compatíveis com a realidade e mais boas oportunidades. O foco renovado no early-stage, os estágios mais iniciais, acessíveis em plataformas como a Captable, também significa que até mesmo os investidores profissionais estão vendo valor no início da jornada das startups.

Segundo Marcelo Claure, ex-braço direito de Masayoshi Son, fundador do Softbank, e responsável pela chegada do fundo no mercado brasileiro, o cenário é uma oportunidade de investir em negócios que são realmente disruptivos – a dificuldade na estruturação das rodadas também facilita para que o investidor entenda quais negócios realmente têm potencial – e com valores inferiores aos do passado.

Claure destaca que as empresas que tiverem produtos/serviços disruptivos aliados a operações bem ajustadas – que possibilitem o crescimento sem depender de novas rodadas de investimento, que serão mais escassas ou subavaliarão agressivamente o negócio – serão as grandes vencedoras nesse novo cenário.

Outros grandes investidores, como Jorge Paulo Lemann e André Maciel, apontam que esse é o momento certo para investir, já que os valores de mercado das startups reduziram e os empreendedores estão inclinados a aceitar ofertas mais baixas. Ou seja, o momento é de valuations menores e de boas oportunidades de comprar participação com valores mais atraentes.

Crowdfunding ganhou força

Além do momento atual do Venture Capital, o cenário para as plataformas de investimento em startups – de equity crowdfunding – como a Captable, também traz benefícios aos investidores. Agora, basta que um investidor anuncie sua intenção de venda no Captable Marketplace, defina o valor desejado, e um comprador aceite a proposta – então, a plataforma cobra do comprador o valor, transfere ao vendedor, faz a transferência dos ativos e faz o controle da titularidade dos lotes.

Ou seja, você pode decidir vender a sua participação a qualquer momento de maneira fácil – tendo a possibilidade de liquidez a curto prazo. E isso em apenas 3 passos:

  1. INVISTA: monte seu portfólio de investimentos a partir de MIL REAIS em nossa plataforma. É simples e prático.
  2. NEGOCIE: você pode comprar e vender lotes de startups em nosso Marketplace a qualquer momento.
  3. RECEBA: você tem liberdade para definir as melhores oportunidades para realizar seus ganhos.
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Para começar são apenas 3 passos: invista, negocie e receba.

É seguro investir em startups online?

Sim, as plataformas de investimento online em startups são reguladas pela CVM, para operar, precisam registrar a plataforma na autarquia, obter autorização e seguir uma série de exigências para manter o registro ativo. Todo o processo de investimento ocorre online e, na Captable, só são aceitas transferências bancárias (PIX, TED ou DOC) de uma conta da mesma titularidade do cadastro na plataforma.

Após realizar a transferência, basta aguardar até dois dias úteis para que o seu investimento seja validado. Por último, depois de concluída a captação você receberá em seu e-mail a orientação para assinatura do contrato de investimento, que será online também. Caso a captação não atinja os 66,6% (⅔) do valor alvo máximo, você recebe o valor investido de volta, integralmente, na conta registrada na plataforma.

A transferência para validação do investimento é realizada para uma conta custódia intermediária administrada pela plataforma – ou seja, o valor não pode ser utilizado pela plataforma, sendo somente autorizada a transferência para a startup investida ou de volta para o investidor de origem. Os recursos são liberados apenas após o sucesso da captação e a emissão do título de investimento.

Quando é recebido o título de investimento?

Em caso de sucesso, o contrato ficará disponível após assinatura no painel do investidor que também é onde ocorre o acompanhamento da startup, com alguns indicadores que serão atualizados mensalmente e outros semestralmente.

Após a emissão e assinatura do título de investimento por todas as partes, o documento fica disponível no painel do investidor para consulta e é possível realizar o download em formato PDF para garantir a posse do documento, caso seja do seu desejo.

Vale lembrar que, nas plataformas, mesmo após serem filtradas e selecionadas, a decisão final de investimento é de cada pessoa. Portanto, vale aprender o que é relevante na análise de um negócio do tipo. 

O que analisar na hora de investir em uma startup?

Os aspectos qualitativos são ainda mais importantes nas startups em estágios iniciais, pois ainda não possuem histórico ou organização financeira adequada. A análise qualitativa busca entender qual o risco do investimento, conhecendo os fatores que ajudam a mitigar os riscos de investir em uma startup early-stage.

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Análises quantitativa e qualitativa são importantes na hora de investir em startups.

Aspectos qualitativos

Um dos pontos mais importantes da análise qualitativa é o time. Como no início a estrutura da startup é muito frágil, com poucos funcionários, alguns ainda sem dedicação exclusiva, o time que está tocando o negócio é muito importante. São os empreendedores fora da curva, que tocam o negócio em seu princípio, que são responsáveis por executar o planejamento e fazer a startup crescer. 

Time

Dentro do âmbito de time, é observada a capacidade de execução, expertise técnica, histórico dos empreendedores (track record), maturidade, postura e perfil das pessoas que compõem a equipe. 

Por exemplo, ao observar um perfil de sócios muito enviesados para o lado técnico é importante entender se há alguém com capacidade de gestão para assumir o cargo de CEO ou se é necessário buscá-lo fora da startup. 

Da mesma forma, se o perfil dos sócios for predominantemente administrativo é importante entender se há alguém com expertise técnica suficiente para suprir as necessidades de desenvolvimento na startup. Por isso, nem sempre o empreendedor que projetou o negócio é a melhor pessoa para liderar a startup durante a execução do plano e crescimento. 

Problema

Outro ponto importante dessa análise é entender o tamanho do problema – ou dor, como é mais conhecido no mundo das startups – que o negócio se propõe a resolver. É preciso analisar se a dor realmente existe, se há alguém disposto a pagar pela solução (tamanho do mercado) e se a solução atende às necessidades dos clientes. Outros pontos a se observar quanto à solução é se ela cria um lock-up (difícil desplugar) e se cria uma barreira de entrada significativa para concorrentes – para aprofundar é válido consultar um especialista de mercado.

Mercado

O terceiro ponto a se analisar é justamente o tamanho do mercado que esse problema representa. Dentro desse ponto são analisados o TAM (mercado total para o produto/serviço), o SAM (mercado acessível a médio/longo prazo) e o SOM (percentual do SAM que, de forma realista, é atingível pela startup no curto prazo. Nesse ponto, também se observa o quanto os concorrentes – se existirem – representam de ameaça ao negócio e os diferenciais que a solução apresenta para conquistar mercado dos concorrentes.

Inovação

O quarto ponto é um fator ainda mais difícil de medir, a inovação. Startups com ativos únicos costumam ter maior barreira de entrada no mercado, mas oferecem retornos (exits) mais descolados do padrão do mercado. Além disso, é preciso entender o quão única é a solução para impedir que concorrentes criem um produto oferecendo o mesmo que a startup.

O último ponto é entender se o modelo de negócio da startup é apropriado, se há escalabilidade, ou seja, se é possível que a startup cresça rapidamente o número de clientes sem aumentar os custos fixos na mesma proporção. Quanto ao modelo de negócio, alguns costumam se destacar: SaaS (Software as a Service), Marketplaces (iFood, MELI), HaaS (Hardware as a Service, IOTs) e IaaS (Infrastructure as a Service, AWS).

Cuidados importantes na análise:

  • Unit economics: a relação da receita de um modelo de negócio específico e o custo de uma unidade (produto ou serviço). São indicadores como CAC e LTV, que medem o impacto financeiro que um único cliente gera para a empresa.
  • Cap table: composição do quadro societário, se não há muita participação distribuída, especialmente para não-executivos, se não há participação de familiares e se o fundador da startup não é único. Buscamos startups que possuam boa parte do seu capital social na mão dos fundadores e principais executivos, pois esse é o seu incentivo para fazer o negócio dar certo.
  • Questões regulatórias: há algum impeditivo para o modelo de negócio por conta de legislação? Pode haver no futuro?
  • Há modelo similar com sucesso em outros países?

Aspectos quantitativos

Agora que já mostramos os elementos qualitativos que compõem a análise uma startup, vamos explorar alguns cuidados na hora de realizar uma análise quantitativa. A primeira coisa a se considerar quando for analisar o valuation proposto por uma startup é entender o estágio operacional da empresa. 

O valuation é um dos aspectos quantitativos a ser analisado.

Valuation

Caso ela já tenha um produto com fit no mercado, provavelmente já terá comprovado alguma tração de crescimento e, consequentemente, suas projeções para um Fluxo de Caixa Descontado (FCD) serão mais confiáveis. Normalmente um FCD terá menos peso no cálculo do Valuation e considera um horizonte de 3 a 5 anos futuros.

Em empresas Early Stage o peso maior na sua análise de Valuation será relacionado ao quanto de tração a empresa conseguiu gerar em um histórico de 12 a 24 meses – e a que estágio de resultados essa tração a trouxe no momento atual.

Embora não exista uma receita padrão para montar um modelo de análise – já que varia de acordo com o modelo de negócio e do produto/serviço de cada startup –  O essencial é que o modelo tenha premissas muito claras de drivers de crescimento, de custos fixos e variáveis, de equipe e de planejamento de caixa.

Além de valuations superestimados não oferecerem perspectivas de retorno e atratividade para investidores, podem acabar prejudicando a startup no futuro. Valuations muito altos podem estabelecer patamares que podem prejudicar rodadas futuras, pois passam a afastar potenciais novos investidores que estariam interessados em compor uma nova rodada.

Diluição

Ainda, o planejamento de diluições é muito importante, e via de regra sempre é analisado e questionado por investidores junto a empreendedores. Os investidores sempre buscarão startups onde os empreendedores têm o famoso “skin in the game”, isto é, participação relevante da empresa que os manterá focados na operação e motivados a entregar resultados. 

Nesse sentido, o próprio planejamento de caixa é muito importante. Startups com queima de caixa muito alta e ainda sem geração de resultado acendem o sinal amarelo, pois potencialmente irão exigir muitas rodadas para injeção de novo caixa e, consequentemente, novas diluições nessas novas rodadas.

Unit economics

Antes mesmo do exercício final de Valuation, é feito um estudo da proposta de valor e modelo de negócio da empresa. Após essa análise, é possível entender quais são as principais métricas do negócio e seus Unit Economics para mapear os sinais vitais da startup.

Além disso, os fatores qualitativos mencionados anteriormente também são levados em conta na análise e, durante as conversas, podem trazer mais segurança e causam efeito (positivo ou negativo) durante a negociação do valuation. Informações como histórico dos empreendedores, composição do cap table, barreiras de entrada e aspectos tecnológicos são pontos que podem voltar a ser abordados nas fases finais de negociação.

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