Confiança do Softbank na América Latina continua alta, entenda

Os rumores de que o Softbank anunciaria o Latin America Fund II circulam há um tempo. Recentemente, até um fundo dedicado a startups mais iniciais entrou para as especulações. O grupo japonês confirmou o primeiro rumor: o lançamento do Latin America Fund II. 

Enquanto as expectativas eram de que o fundo dobraria a aposta, o anúncio é de que o Fundo II será de US$ 3 bilhões – valor menor que os US$ 5 bilhões do primeiro dedicado à região – mas há possibilidades de ampliação.

A notícia é uma demonstração relevante de confiança do conglomerado japonês no ecossistema latino-americano. Em nota, Masayoshi Son, fundador e CEO do Softbank, avaliou a América Latina como “uma das regiões econômicas mais importantes do mundo” e uma parte crucial da estratégia do grupo.

Quando anunciou seu primeiro fundo dedicado a startups da região em 2019, o Softbank surpreendeu o mercado. Eram US$ 5 bilhões – o maior fundo para investimento em startups da região até então – dedicados a um ecossistema que contava com um mercado de Venture Capital ainda reduzido. Houve críticas sobre o patamar de valuation das investidas e alguns consideravam que os investimentos do grupo inflacionariam as rodadas locais.

Porém, o que se viu acontecer foi o contrário. 

Por que o Softbank foi pioneiro?

Após aplicar mais de 70% do capital reservado em dois anos e meio, o Softbank está em uma posição bem mais confortável e, conforme alguns especialistas, de vanguarda. Isso porque garantiu a compra de participação nas startups por preços inferiores aos atuais e antecipou o interesse na região, tanto de empreendedores como também de outros fundos internacionais, validando o desenvolvimento e atratividade do ecossistema latino-americano.

Com o primeiro fundo, o conglomerado japonês colocou 48 startups em seu portfólio – dentre elas, 15 dos 25 unicórnios da América Latina, como QuintoAndar, Rappi e Gympass -, ajudando a aumentar significativamente o valor em dólar dessas empresas. A QuintoAndar, por exemplo, teve seu valor multiplicado por 2,6 vezes, já a VTEX, por mais de quatro. 

Quais foram os resultados dos investimentos do Softbank?

Desde março de 2019, quando o Fundo I foi anunciado, até junho deste ano, os U$3,5 bilhões investidos já somavam um “valor justo” de U$6,9 bilhões. Em valores totais, o primeiro fundo gerou uma taxa interna de retorno bruta de 103% em moeda local e 90% em dólar e uma TIR líquida de 85% em dólar.

Ainda que na dianteira, o Softbank se prepara para anos desafiadores, com novos patamares de valuation e maior disputa por ativos. Segundo Marcelo Claure, VP do Softbank, que comanda os fundos da América Latina, 2022 será o maior ano em termos de IPO da história da região. 

“O trabalho e a visão incríveis que os empreendedores latino-americanos vêm demonstrando na região nos dá confiança de que sua transformação digital continuará a acelerar”, disse o boliviano em nota. 

Interesse continuado

De acordo com a companhia, o novo fundo pretende focar seus investimentos em empresas de diversos setores que utilizem tecnologias emergentes e inteligência artificial, independente do estágio em que elas estejam – das iniciais até as públicas.

O Fundo II representa mais uma oportunidade de impulsionar o mercado local de startups, a injeção de capital também reitera o interesse do Softbank nas startups da América Latina, comprovando que ainda temos muitos negócios promissores por aqui, que devem garantir lucro similar ou maior ao primeiro fundo do Softbank por aqui. Mais um motivo para ninguém ficar de fora desse mercado, inscreva-se na Captable e confira as startups que estão captando.

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