Mesmo em um ano que o inverno parece ter durado mais, a liquidez não congelou.
Mais: o Brasil está no topo do modelo de inovação aberta no mundo.
#venturecapital
Fundos captaram US$ 617 mi para investir em startups no Brasil
A vida parece estar mais dura apenas pras startups mesmo.
Ainda que os gestores dos fundos possam estar mais receosos e seletivos na hora de assinar novos cheques, seus cotistas – ou limited partners – não diminuíram seus apetites por risco e continuam alocando seus recursos em novos veículos de investimento.
Prova disso são os US$ 617 milhões levantados pelos fundos ao longo de 2022. A informação é do levantamento Venture Pulse, da KPMG. O montante acumulado até o momento não está tão diferente do levantado em 2021, quando foram US$ 782 milhões.
Um bom sinal de que a liquidez permanece disponível. Afinal, a formação de um estoque de capital, ou dry powder, em um momento de juros e inflação altos e de riscos geopolíticos, indica que o mercado de venture capital brasileiro já não tem mais uma “bolha”.
💡 Explicando… Os fundos têm, em média, um ciclo de vida de 10 anos. Os três primeiros são utilizados na construção do portfólio, e os restantes à gestão dele. É o dry powder acumulado agora que garante os aportes nos próximos anos.
E as expectativas são boas. Com a correção dos valuations, o mercado acredita que os investimentos feitos agora, com cheques menores e mais racionalidade, tragam retornos muito melhores do que alguns feitos no frenesi dos últimos dois anos.
É tendência global. No mundo, os fundos de venture capital já levantaram US$ 220,7 bilhões em 2022. O número é maior que os US$ 210,4 bilhões de 2020, e fica muito próximo do captado durante todo o ano de 2021 (US$ 257,8 milhões).
#latAm
LatAm vive “melhor momento”? Lightrock diz que sim
Mais um caso de amor com a América Latina. A Lightrock prepara um terceiro fundo dedicado à região no valor de US$ 100 milhões.
De acordo com o fundo, em entrevista ao NeoFeed, comparado a outros mercados globais, a América Latina é a região que mais tem espaço para crescer, dado um nível de competição ainda menor.
“Seguimos vendo um ecossistema cada vez mais maduro”, completou a Lightrock.
Assim como os primeiros dois fundos, o terceiro priorizará startups do mercado financeiro, de educação e saúde – além de negócios ligados ao meio ambiente ou que acelerem a inovação de outros negócios.
Cada startup receberá em média de US$ 30 milhões a US$ 60 milhões. Dependendo do deal, os cheques podem ser de US$ 10 milhões ou US$ 75 milhões, acima ou abaixo da média.
A Lightrock prevê que os investimentos do novo fundo começarão em 2023, inicialmente com capital da LGT – um dos seus mais importantes limited partners, com mais de US$ 283 bilhões de ativos sob gestão, para, só depois, abrir a captação para outros LPs.
#networking
Novo Vale do Silício é aqui
Olha só o que disse Doug Leone, sócio da Sequoia, um dos maiores fundos de investimento do mundo: “Algo semelhante ao que aconteceu no Vale do Silício está no ar na América Latina“.
Sabe por que ele disse isso?
Com uma população relativamente jovem, um PIB mais alto que o da China e Índia, altos índices de engajamento com a internet e muitos problemas a serem resolvidos, a região tem TUDO pra ALAVANCAR os negócios digitais! E a Sequoia não deixará de nadar nesse mar de oportunidades.
Você também pode nadar junto. No Startup Investor Club você tem acesso à experiência e aos segredos dos maiores investidores e profissionais do mercado de inovação e descobre com eles como identificar as melhores oportunidades.
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#corporate
Grandes empresas buscam startups pra acelerar inovação
Pra garantir mais inovação em seus negócios, as grandes corporações vem apostando cada vez mais nas startups.
Entre julho de 2021 e junho desse ano, cresceu 30% o número de companhias que contrataram startups, e 60% o volume de relacionamentos declarados – o que somaram R$ 2,7 bilhões em contratos no período. Os dados são da 100 Open Startups.
De acordo com o levantamento, o Brasil está no topo do modelo de inovação aberta no mundo. Nenhum lugar do mundo tem um ecossistema com mais de 25 mil startups e 4,4 mil empresas fazendo negócios.
“Enquanto na Europa predomina os programas de P&D e nos Estados Unidos, o venture capital, por aqui vemos um avanço expressivo da inovação aberta com startup”, afirma Bruno Rondani, CEO e fundador da 100 Open Startups.
💡 Inovação aberta é uma cultura de maior colaboração e parceria com terceiros para criar soluções inovadoras fora do ambiente interno da corporação. Antes do surgimento dos unicórnios, as corporações eram muito fechadas, com nível de interação muito baixo, e o desenvolvimento de novos produtos vinham de programas de P&D e laboratórios criados por elas.
Entre as companhias que mais praticaram inovação aberta com startups no país estão Ambev, Suzano, ArcelorMittal, Raízen e BASF. Leia mais.
👉 Uma outra maneira das companhias estarem ligadas às startups é criando seus fundos de corporate venture capital. A Suzano, por exemplo, que aparece no ranking da 100 Open Startups, lançou em junho um fundo de US$ 70 milhões para investir em startups. Entenda mais sobre esse movimento das empresas.