Bolsa de startups?

Edição 103

A B3 está de olho nas startups.

Mais: Web Summit traz otimismo e o império de startups de Sam Altman.

Bolsa e startups: um mercado maduro demais para ignorar

A B3 anunciou que irá oferecer tecnologia para que plataformas de crowdfunding operem captações primárias e secundárias. Ou seja, o mercado de crowdfunding brasileiro está tão maduro que a operadora da Bolsa de Valores do Brasil está desenvolvendo tecnologia para ele.

A B3 já entendeu que estar próxima das plataformas e startups que estão captando em plataformas de investimento coletivo agora é a melhor maneira de criar uma relação com elas antes de um futuro IPO no longo prazo.

Vale lembrar: a B3 não operará uma plataforma de transações e apenas oferecerá a tecnologia para contratação das plataformas. A líder desse mercado, a Captable, foi responsável por criar o primeiro ambiente aprovado pela CVM para realizar transações subsequentes.

A plataforma entendeu que, por atuar com inovação, não podia aguardar para implementar uma nova tecnologia permitida pela regulação, que facilitaria a vida dos investidores – e fez isso dentro de casa.

Liquidez muda o jogo

A Captable entendeu desde cedo que liquidez muda o jogo e é por isso que mais de R$ 1,6 milhão já foram transacionadosno Captable Marketplace.

Concorrência e atenção ao nosso mercado são sempre bem-vindos. Ainda mais quando o operador único do mercado de Bolsa de Valores no Brasil passa a olhar para ele. 

A B3 oferecerá tecnologia que permite “liquidação financeira via PIX, controle de titularidade e rastreabilidade das operações, oferecendo aos investidores maior facilidade e segurança na compra e venda de suas participações”. Essas mesmas funcionalidades já estão disponíveis no Captable Marketplace.

A primeira plataforma digital?

matéria do Pipeline sobre o lançamento afirma que algumas plataformas já haviam desenvolvido suas próprias tecnologias, mas que estas não possuem uma estrutura digitalizada. 

Leonardo Resende, superintendente de Relacionamento com Empresas da B3, afirma que “O que fizemos foi tokenizar o que era feito de forma analógica. Ao invés do contrato inteiro à venda, em que o interessado faz contato por telefone ou por email para comprar participação a tokenização fraciona em participações, o que torna a experiência também mais digital”.

Na prática, as transações realizadas através do Captable Marketplace são 100% digitais, as participações fracionadas em lotes de 100 ações e não há contato via telefone ou e-mail entre os interessados – prática inclusive vedada por quem opera esse tipo de plataforma, já que é necessário garantir a anonimidade das transações entre as partes.

Agora, é aguardar para ver como será a relação da B3 e das plataformas e como será a movimentação de liquidez para as startups dos seus portfólios. 

Direto do Web Summit, mais otimismo para startups

Web Summit é o palco onde todos os entusiastas de startups se reúnem para celebrar o amor à tecnologia e, claro, às previsões otimistas para o futuro das empresas inovadoras. 

Esta semana mais uma rodada de previsões com os gestores de venture capital aconteceu: eles estão prevendo um fim iminente para o inverno das startups – a partir do segundo semestre deste ano!

Aparentemente, os investidores decidiram finalmente tirar o pé do freio, pronto para acelerar novamente em direção ao mundo das startups.

Um adeus ao inverno das startups…

Após alguns anos de gelo, onde os investidores utilizaram cautela devido aos juros elevados, parece que a primavera finalmente está à vista para as startups. 

A queda nos aportes desde o ano recorde de 2021 atingiu muitos, mas agora os investidores dão sinais de que estão prontos para emergir dos iglus e voltarem a investir.

Oportunidades para os ousados

Enquanto os grandes investidores estão reticentes, os visionários como Magnus Grimeland da Antler estão apontando para o outro lado do espectro: as startups iniciais.

Parece que agora é o momento perfeito para os audaciosos mergulharem de cabeça nas startups iniciais, enquanto os investidores de grande porte ainda estão ocupados pensando nas startups gigantes.

IA: A nova onda

como toda boa conferência de tecnologia, não poderia faltar a menção obrigatória à inteligência artificial. Os gestores de fundos acenam para o horizonte brilhante das oportunidades de investimento na IA, como se estivessem apontando para um arco-íris. 

Enquanto alguns veem oportunidades nas entranhas da infraestrutura, outros estão contando os aplicativos de IA como se fossem estrelas no céu noturno, prontos para serem colhidos pelos empreendedores mais ousados. Essa é a próxima grande onda, ou será apenas mais uma tendência passageira? A resposta, como sempre, está no futuro.

Sam Altman, mais que CEO da OpenAI, um investidor de startups

Sam Altman, o investidor com dedos de ouro? Antes de conquistar o coração do mundo da tecnologia como o cérebro por trás da OpenAI, Sam já era uma lenda no Vale do Silício.

Com uma fortuna estimada em US$ 500 milhões, Altman transformou seu dinheiro em 125 startups, espalhando sua riqueza por segmentos tão diversos quanto aviação, carne cultivada em laboratório e até mesmo longevidade. 

Com esse currículo, não é de se admirar que ele seja saudado como um grande investidor de startups.

O rei da IA

O império de Altman se estende por terras inexploradas da tecnologia, com investimentos em áreas tão diversas que deixariam até mesmo o mais aventureiro dos exploradores de startups boquiabertos. 

Da aviação à fintechs, da carne cultivada em laboratório à educação, não há pedra que Sam não tenha virado em sua busca pelo Santo Graal das startups. Com sua reputação e investimentos, ele transforma empresas desconhecidas em ouro tecnológico.

Conflitos de interesse ou apenas muita sorte?

Claro, com grandes poderes vêm grandes polêmicas, e Sam Altman não é estranho a elas. Sua ascensão meteórica levanta questões sobre possíveis conflitos de interesses, especialmente quando várias de suas startups fazem negócios com sua própria criação, a OpenAI. 

Mas quem precisa se preocupar com ética quando se pode transformar US$ 375 milhões em US$ 500 milhões com um simples aceno de mão? Os críticos podem tagarelar, mas Altman segue em frente com seu império tecnológico se expandindo.

Investimentos épicos de um titã moderno

Entre os investimentos de Altman, destacam-se suas incursões na fusão nuclear com a Helion, onde ele contribuiu com uma soma impressionante de US$ 375 milhões.

Enquanto alguns estão ocupados discutindo sobre inteligência artificial, Altman está lá, navegando em mares desconhecidos em busca de soluções para a longevidade humana. Com US$ 180 milhões investidos na Retro Biosciences, ele prova que não é apenas um magnata das startups, mas um filantropo moderno, buscando prolongar a vida humana para além das fronteiras do possível.

O legado de Altman

Enquanto alguns podem questionar as intenções e os métodos de Sam Altman, não se pode negar o impacto que ele teve no mundo da tecnologia. Seu nome será gravado na história como um verdadeiro titã, um conquistador de startups e um visionário moderno.

Enquanto o sol se põe sobre o Vale do Silício, Altman continua a moldar o amanhã com cada dólar investido, cada empresa lançada e cada inovação trazida à luz.

Informativa, inteligente, exponencial.

Selecionamos as principais notícias do mercado. Trazemos editoriais, análises, entrevistas e materiais educativos. Fazemos você embarcar nesse ecossistema que pode te trazer retornos inimagináveis.

O nosso e-mail chega na sua caixa de entrada toda sexta-feira, às 12h48.

Compartilhe:

Veja também

Anterior
Próximo