A verdadeira sexta-feira chegou, mas antes de entrarmos no clima do #sextou, que tal dar uma lida na 1248? Prometemos que não tem nenhum anúncio no meio…
#CVC
CVC é questão de sobrevivência?
Os fundos de corporate venture capital vêm aproveitando o momento de recuo nos investimentos de venture capital para ganhar espaço. Se há poucos players querendo investir e os valuations estão menores, então também há menor concorrência para as empresas que queiram investir em startups.
E os números comprovam. De acordo com o estudo Corporate Venture Capital Report 2021, o volume investido por empresas em startups, através de fundos de CVC, triplicou de 2020 para 2022 – foram US$ 622 milhões investidos de janeiro a julho desse ano.
As empresas estarem investindo em startups é uma atividade relevante para ir contra os ciclos de mercado, porque, ainda que possa não parecer o melhor momento, elas entendem que a transformação digital continua(rá) moldando a forma como a sociedade interage com diferentes serviços e produtos.
Assim, para não ficar para trás, investir ou, eventualmente, adquirir startups, é uma saída cada vez mais frequente para melhorar processos e ganhar rapidez no desenvolvimento de negócios.
É uma questão de sobrevivência.
E essa necessidade está cada vez mais clara para as corporações brasileiras. A Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) realizou um levantamento que mostrou que 13 empresas que pertencem atualmente ao Ibovespa fundaram CVCs neste ano, como Braskem, Suzano, Anima Educação e Renner.
Esse número leva em conta apenas iniciativas divulgadas de janeiro a junho. O acumulado dos últimos dois anos era de 15, demonstrando um aumento significativo das iniciativas de CVC.
🎧 O CVC pode tomar o lugar do VC? É o que tentamos responder em um dos episódios do Podcap, com a ajuda de Alexandre Messina, Head de Corporate Venture Capital da IF (Inovação e Futuro), motor de inovação da Americanas. Para ouvir na íntegra, clique aqui.
#ESG
27 milhões de toneladas de alimento no lixo
O Brasil está entre os dez países que mais desperdiçam comida no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). São 27 milhões de toneladas de alimentos jogadas no lixo todo ano – e mais de 33 milhões de brasileiros passando fome.
Os desperdícios acontecem em toda a cadeia produtiva, sendo, em alguns casos, a falta de investimento o principal fator. E é buscando soluções para cada etapa do processo que as foodtechs têm focado seu trabalho.
A Food To Save é uma delas. A startup intermedia a venda de alimentos próximos à data de validade, ligando restaurantes, padarias e hortifrutis a consumidores. As vendas são feitas por meio de sacolas surpresas, com doces, salgados ou mistas. Uma sacola com produtos que normalmente custaria R$ 90, sai por R$ 29,99.
“É um modelo de ganha-ganha. O consumidor paga mais barato, ajuda a evitar desperdícios, e o estabelecimento amplia a receita”, disse Lucas Infante, um dos sócios-fundadores, ao Globo.
Em 18 meses de atuação, a Food To Save evitou que 500 toneladas de comida fossem para o lixo.
Nisso, em 2020, foi sancionada lei federal que autoriza a doação de alimentos e refeições não comercializados por parte do comércio, permitindo que os estabelecimentos possam criar programas de doação com mais apoio jurídico. Antes disso, havia restrições e até punição se o alimento causasse algum problema a quem o recebeu.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) ainda defende mudar a classificação “data de validade” para “bom para consumo até”, que já é utilizada em outros países. De acordo com a entidade, isso evitaria desperdício de cerca de 10% nos lares e nos supermercados de itens como macarrão, conservas e biscoitos.
👉 Startup levanta R$ 1,3 milhão para combater o desperdício de alimentos
#streaming
Vai ter comercial no seu streaming
Para acalmar os ânimos daqueles que andavam achando os planos da Netflix caros em relação a outros players, a gigante do streaming anunciou seu mais novo plano econômico com anúncios…!
…Mas o problema é que ele continua caro quando comparado a alguns dos seus principais concorrentes.
O novo plano, chamado Básico, custará R$ 18,90 por mês (R$ 7 reais mais barato que o atual plano mais econômico) e chegará ao Brasil e outros dez países já em novembro. O valor anunciado ainda é mais alto que, por exemplo, a assinatura do Amazon Prime Video, de R$ 14,90.
Para quem quer saber a quantidade de comerciais, a Netflix apontou que eles serão de 15 a 30 segundos, e a média de publicidade não deve passar de 4 a 5 minutos por hora. E tudo na qualidade 720p. A resolução 1080p continuará para o plano standard, de R$ 39,90, e a opção do 4K fica para o plano premium, de R$ 55,90.
A inclusão de comerciais é mais uma tentativa da Netflix de trazer novas fontes de receita, depois de ter acumulado perdas gigantescas em sua base de assinantes nos dois primeiros trimestres do ano – o que resultou, até, em cortes em sua força de trabalho.
#podcast
Foodtechs são a próxima grande onda de startups?
Mais de US$ 1,7 bilhão foram investidos em foodtechs na última década na América Latina. Ainda que metade desse valor tenha ido para startups brasileiras, o valor fica muito longe do investido em países como os Estados Unidos e a China, que possuem mais maturidade de mercado e de investimento de risco e demanda de alimentos pelo tamanho da população.
Mas o potencial do Brasil é enorme. Segundo alguns especialistas, depois das fintechs, as foodtechs serão a próxima grande onda de startups.
Para falar sobre as oportunidades e barreiras de crescimento do segmento de foodtech no Brasil, convidamos José Rodolpho Bernardoni, fundador da Outcast Ventures, fundo focado em foodtechs.