Corrida de gigantes

Edição 100

Amazon investe quase US$ 3 bi a mais em IA.

Mais: Para a DOMO, valuations altos só em 2040 e a umgrauemeio levanta R$ 18,7 milhões.

Amazon não quer ficar para trás

A Amazon anunciou recentemente um investimento adicional significativo na startup de inteligência artificial Anthropic, injetando mais US$ 2,75 bilhões e elevando seu investimento total para impressionantes US$ 4 bilhões. 

É uma demonstração do compromisso da Amazon em explorar e desenvolver tecnologias de ponta para melhorar suas ofertas aos clientes.

A parceria entre a gigante de tecnologia de Seattle e a Anthropic, sediada em São Francisco, visa impulsionar ainda mais a inovação no campo da inteligência artificial generativa. 

Ambas as empresas estão colaborando no desenvolvimento de modelos de base que são fundamentais para sistemas generativos de IA, buscando ampliar os limites do que a inteligência artificial pode realizar.

IA é parte integral da estratégia

O investimento também destaca a importância estratégica da nuvem da Amazon, AWS, que servirá como o principal provedor de nuvem para a Anthropic.

A utilização de chips personalizados da Amazon e o acesso ao Amazon Bedrock, uma plataforma que permite construir aplicações generativas alimentadas por IA, oferecem um conjunto robusto de ferramentas para empresas interessadas em explorar os avanços da inteligência artificial.

Embora esse investimento seja um sinal claro do interesse contínuo das grandes empresas de tecnologia na IA, também destaca o crescente escrutínio regulatório sobre tais acordos.

Órgãos reguladores de olho

Os reguladores antitruste dos EUA estão observando de perto esses investimentos, refletindo um ambiente onde a inovação tecnológica está sendo acompanhada de perto por questões de concorrência e controle do mercado.

No geral, o investimento da Amazon na Anthropic é um exemplo do dinamismo e da competição acirrada que impulsionam o setor de tecnologia.

À medida que avançamos em direção a um futuro cada vez mais orientado pela IA, é crucial equilibrar o potencial de inovação com considerações éticas e regulatórias para garantir que a tecnologia beneficie a todos de maneira positiva.

Para a DOMO, valuations altos só em 2040

Rodrigo Borges, sócio e co-fundador da DOMO VC, já viu de tudo um pouco desde que entrou no mercado em 1998. Em uma entrevista recente ao Startups, ele compartilhou insights sobre o novo fundo da DOMO VC, o Seed 4, e fez observações astutas sobre o atual cenário de liquidez reduzida. 

A lição de que “tudo que sobe, desce” finalmente foi absorvida, como ele brinca ao mencionar que talvez só vejamos múltiplos de valuations nas alturas novamente em 2040.

O cenário dos últimos anos foi uma montanha-russa de emoções e expectativas no mercado de investimentos. Desde a euforia de 2020 e 2021, com valuations nas alturas e processos acelerados, até o descasamento entre expectativa e realidade em 2022 e 2023, parece que finalmente alcançamos uma certa estabilidade em 2024. 

Um momento “bom” no mercado, com expectativas mais alinhadas entre investidores e empreendedores.

De olho no mercado internacional

Mas, se o dinheiro está mais escasso, por que não procurar por investidores além das fronteiras nacionais? A DOMO está explorando exatamente essa estratégia ao buscar captações no exterior pela primeira vez com seu novo fundo, o Seed 4.

Com sócios até mesmo em Dubai, nos Emirados Árabes, eles estão expandindo suas fontes de recursos e capitalizando com a queda das taxas de juros no exterior.

O novo fundo da DOMO terá um portfólio ligeiramente maior, com entre 25 e 30 empresas, comparado aos seus antecessores. Eles estão de olho em startups nacionais e internacionais, com uma pequena parcela destinada às empresas estrangeiras que tenham planos de expandir para o Brasil. 

Ou seja, estão prontos para dar uma guinada internacional, mantendo o mercado brasileiro como prioridade.

Além de ampliar sua atuação no exterior, a DOMO também está comprometida com a diversidade. Com um aumento significativo no número de startups lideradas por mulheres e pessoas pretas e pardas em seu portfólio, a gestora de venture capital está trazendo mais representatividade para o mundo das startups. 

Umgrauemeio e R$ 18,7 milhões

A startup umgrauemeio está comemorando o sucesso de sua primeira rodada de investimentos, garantindo R$ 18,7 milhões para impulsionar sua missão de combater incêndios florestais e agrícolas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. 

O foco da climatech é impressionante: utilizando inteligência artificial em um sistema de monitoramento por câmeras, eles detectam incêndios e sinais de fumaça, permitindo uma resposta rápida para mitigar os impactos negativos. 

Uma abordagem inovadora para um problema sério, e a captação de investimentos é um voto de confiança em sua visão.

Rogério Cavalcante, fundador e diretor executivo da umgrauemeio, está claramente comprometido com a causa. Sua declaração sobre a importância das florestas e a meta de manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5ºC mostra que eles não estão apenas buscando lucro, mas também impacto social e ambiental positivo.

Grandes clientes, grande impacto

Com um portfólio de clientes impressionante, incluindo gigantes como Suzano e BP Bunge, a umgrauemeio já está demonstrando resultados tangíveis. 

redução de 90% da área queimada nas plantações de cana-de-açúcar de seus clientes é uma prova do valor real de sua tecnologia. Além de salvar vidas, também estão protegendo o meio ambiente e gerando economias significativas para o setor agrícola.

Fabio Iunis de Paula, cofundador da Indicator Capital, ressalta a importância da tecnologia da umgrauemeio em um mercado agrícola cada vez mais consciente das questões ambientais e climáticas. 

É interessante ver como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na busca por práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes. Com sua tecnologia aplicável globalmente, a umgrauemeio parece estar preparada para fazer um grande impacto não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

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