Nova corrida para as fintechs

Foi dada largada a uma nova corrida para as fintechs. Da ascensão à queda: esses 4 unicórnios falharam por diferentes motivos. 

#fintechs

A era das fintechs acabou?

O Banco Central abriu largada a uma nova corrida para as fintechs. E a linha de chegada é fontes alternativas de receita.

Isso porque o banco publicou uma nova resolução que limita para 0,7% os ganhos das startups nas tarifas de intercâmbio em cartões pré-pagos. Essas tarifas foram fundamentais na criação de diversas fintechs, por ser um modelo de operação mais “fácil”, e na oferta de mais 90 milhões de contas digitais gratuitas ao longo dos últimos anos. 

Para alguns especialistas, essa mudança pode reduzir de 60% a 70% o faturamento de algumas delas

O relatório Brazilian Payments projetou um efeito abaixo de 1% da receita total do Mercado Pago, e um impacto de 1 a 2% do total de receitas do PagBank em 2023. Já o Nubank afirmou em comunicado que a sua receita teria sido afetada negativamente em 2,9% se a resolução estivesse em vigor desde julho de 2021.

A norma do Banco Central entra em vigor em abril de 2023. Assim, as startups terão pouco mais de 6 meses para pensarem em novas fontes de receita, pois, as que ficarem limitadas às tarifas de intercâmbio, poderão ter que gerar um volume gigantesco de transações para suprir a redução.

Uma alternativa que algumas startups já têm feito é reforçar as estratégias M&A para investir em ofertas multiproduto, como a Flash que adquiriu a ExpenseOn em julho para entrar no mercado de gestão de despesas corporativas. Já outra alternativa pode ser o setor de software, com a cobrança de assinaturas como outra fonte de monetização.

🏁​ E o Caju sai na dianteira. Em agosto, a fintech de benefícios corporativos levantou US$ 25 milhões para bancar a sua entrada no mercado de software as a service (SaaS). O objetivo? Diversificar o negócio para obter receitas mais previsíveis e estáveis.

A ideia é passar a vender o software aos mesmos clientes que já usam seu serviço de benefícios, oferecendo um sistema único que centralize todas as necessidades dos RHs. Atualmente as empresas têm que colocar os dados dos colaboradores várias vezes em diferentes sistemas.

#unicórnios

4 unicórnios que fracassaram apesar do tamanho

Por um tempo no mundo dos negócios, o mantra ‘too big to fail’ foi levado a sério. Mas ganhar o status de unicórnio não torna um negócio imune a falhas. Pelo contrário.

Confiança cega dos investidores e empreendedores confiantes demais em seus modelos de negócio é uma receita perfeita de desastre. Selecionamos 4 startups que atingiram avaliação de mais de US$ 1 bilhão de dólares e acabaram fracassando:

🩸​ Theranos: talvez o caso mais clássico e conhecido de unicórnio que não deu certo, essa healtech foi de sucesso estrondoso a caso de polícia

Fundada em 2003 por Elizabeth Holmes, a Theranos fracassou por um motivo muito simples: prometer uma tecnologia impossível de existir (e fraudar para investidores afirmando que essa tecnologia já estava operante). Afinal, para realizar 200 exames de sangue é necessário uma quantidade muito maior do material do que apenas algumas gotas para interagir com reagentes. 

Holmes, que por alguns foi até chamada de “próximo Bill Gates da geração”, foi sentenciada a 20 anos de prisão por fraude e conspiração e pagamento de multa de R$ 250 mil para cada crime cometido – mas, até hoje, continua em liberdade.

A Theranos levantou mais de US$ 400 milhões de investidores.

🎮​ Zynga: o estúdio de games ganhou relevância no Facebook em 2010 com o jogo Farmville, que atraía mais de 83 milhões de usuários mensais. Em seu pico, chegou a alcançar 35 milhões de usuários por dia.

E uma das maiores razões para o sucesso dos jogos da Zynga também foi a principal razão para sua falha: a dependência do Facebook. Embora o número de usuários da rede social não tenha caído, menos pessoas passaram a ter o hábito diário de acessar a rede social. Além disso, as notificações de jogos do Facebook passaram a ser opcionais: um golpe para um jogo que dependia de lembrar que os usuários entrassem e realizassem ações em um tempo determinado.

O crescimento das lojas virtuais de jogos também monopolizou a maior parte da atenção dos usuários. E a Zynga demorou a perceber e se adaptar à nova realidade; Embora tenha lançado jogos nas lojas de aplicativo, perdeu o timing da virada e caiu no esquecimento.

Clique aqui para continuar a leitura e conhecer os outros dois unicórnios que falharam.

#trackrecord

Como iniciei minha jornada no mercado financeiro

Por Guilherme Enck

“Pai, qual a melhor forma de investir, para ganhar dinheiro?” Foi essa a pergunta que fiz ao meu pai aos 14 anos. A partir da resposta dele sobre investir em ações, começou a minha jornada no mercado financeiro, pelo qual me apaixonei.

Desde então, de forma curiosa, fui estudar sobre mercado financeiro, ações, fiz alguns cursos sobre bolsa de valores em uma XP Investimentos que dava os seus primeiros passos em Porto Alegre, onde conheci a bolsa e outras classes de ativos. Desde então, eu já sabia que iria para o mercado financeiro, mas queria ter uma base numérica forte, então aos 17 anos entrei no curso de Engenharia de Produção da UFRGS. Com 22 anos, durante um intercâmbio na Inglaterra, vi as fintechs surgirem. Opa! Mercado financeiro, investimentos e tecnologia: as fintechs uniram tudo que já era apaixonado. Tive certeza de que, ao voltar para o Brasil, era o que eu faria. E foi o que fiz.

Entre algumas experiências, em 2016, já no Brasil, coloquei em prática o meu business plan e fundei a fintech Deal Negócios Digitais, uma plataforma de informações em sites de dados para o mercado financeiro, com automação de coleta e análise de dados. A Deal deu errado, pois eu tinha a solução, mas não consegui encontrar um modelo de negócio viável.

Apesar disso, eu adoro contar essa história, pois foi a partir desse erro que tive alguns dos maiores aprendizados da minha carreira. Continue a leitura.

#podcast

Back to basics!

episódio 5 do Podcap volta para o básico (e, muito provavelmente, o mais importante): como funciona o venture capital.

⏮️​ Por exemplo, você sabe a diferença entre o venture capital e os demais investimentos? Ou por que as teses de investimento existem? Ou como identificar oportunidades e fugir de armadilhas?

Para responder essas e outras perguntas, o Podcap recebeu Guilherme Enck, cofundador da Captable, e Matheus Schettini, VC na Upload Ventures, fundo spin-off do Softbank.

Clique aqui para ouvir o episódio no Spotify.

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