E a cabeça dos founders, tá boa?

A Celcoin, que nasceu querendo ser o “Lego” por trás dos serviços financeiros de bancos digitais e fintechs, anuncia uma nova peça no seu jogo: a Finansystech.

Mais: Como os founders estão vendo o momento atual?

#M&A

Teve M&A no open finance: Celcoin adquire Finansystech

Adicionando mais uma peça no seu “Lego”, a Celcoin, anunciou na terça-feira a compra da Finansystech, startup líder em soluções de open finance, por 85 milhões de reais.

A Finansystech é uma plataforma de tecnologia modular, que conecta instituições financeiras ao open banking, através de aplicações de iniciação de pagamentos, compartilhamento de dados e gestão de consentimentos.

📈  238% de valorização em menos de um ano. Em sua última rodada de investimento, realizada em novembro de 2021 pela Captable, a Finansystech foi avaliada em R$ 35,7 milhões.

Uma sinergia e tanto. Dos mais de 40 clientes que a Finansystech já atende (entre eles, Magalu, XP, Sicoob e Sumup), 70% já utilizam outros serviços da Celcoin.

Com a aquisição, Danillo Branco, fundador e CEO da Finansystech, passará a liderar a vertical de open finance na Celcoin, e levará todos seus 35 funcionários junto.

Além de continuar oferecendo infraestrutura para bancos, IPs e SCDs participarem do open finance, a startup terá acesso a licença de ITP (Iniciador de Transação de Pagamento) da Celcoin, passando a oferecer soluções de ITP as a service para qualquer tipo de empresa. 

“Somando a capacidade da Finansystech com a Celcoin, poderemos levar soluções de open finance para qualquer empresa do mercado, adicionar diversos produtos ao nosso portfólio, criando soluções realmente inovadoras para o setor”, comentou Danillo, em nota.

#founders

Como founders de startups estão atravessando o momento atual?

Com o dinheiro que possuem em caixa.

De acordo com um levantamento feito pela Associação Latino-Americana de Private Equity e Venture Capital (Lavca), 40% dos founders não estão indo atrás de novos recursos.

O estudo avaliou como mais de 160 empreendedores estão adaptando seus negócios ao momento atual.

Deles, 84% afirma que o processo de captação de recursos vem demorando mais que o esperado. Assim, sem novos investimentos, os empreendedores estão reestruturando (e diminuindo) suas equipes, renegociando contratos de fornecedores e cortando despesas de marketing e vendas.

Não é só aqui. Da América Latina para a Índia, os founders vem enfrentando um momento parecido. Em um estudo feito com empreendedores indianos, 58% deles acreditam que 2023 será um ano desafiador, com um cenário de captação de recursos ainda mais difícil.

Ainda assim, a maioria têm confiança de que vão conseguir levantar rodadas de captação com valuations mais altos, à medida que focam em lucratividade.

Pela primeira vez desde que o estudo foi feito, há 7 anos, os empreendedores indianos apresentaram maior viés para lucratividade do que crescimento – 55% declararam a lucratividade como uma área de foco maior, em comparação com apenas 17% em 2021.

Muitos empreendedores vão fechar seus negócios

Com a demanda dos investidores por negócios mais lucrativos e sustentáveis, muitas startups vão fechar as portas nos próximos 12 a 18 meses.

E isso pode não ser tão negativo. São startups que eventualmente já iam fechar as portas se não fosse a abundância de capital do mercado nos últimos anos. 

Com esse movimento, especialistas acreditam que o mercado tende a voltar a uma perda de investimentos de 50% a 60% – em 2021, esse percentual chegou a 30% a 40%.

Para evitar fechar, muitos empreendedores começaram a fazer ajustes já no segundo semestre do ano passado – vide a onda de demissões. Uma pesquisa feita com mais de 120 startups detectou que aquelas que realizaram ajustes ficaram em melhor situação depois de cortar, do que estavam antes. 

Para alguns especialistas, os empreendedores demoraram para corrigir a rota – muitos deles buscaram reduzir gastos e esticar o caixa por mais tempo –, e os ajustes só estão começando.

As maiores beneficiadas de todo esse movimento têm sido os negócios de estágios mais iniciais. No estudo da Lavca que citamos mais acima, 69% dos fundadores afirmaram que os investimentos que conseguiram levantar até o momento foram em estágio inicial, com rodadas seed e Série A representando 56% de todas as captações divulgadas.

Dois terços das startups de estágio inicial entrevistadas tiveram um salto de mais de 10% mensal, com 40% crescendo de 20% a 29,9%, e 33% crescendo de 10% a 19%. Nenhuma das empresas com valuation acima de US$ 300 milhões relatou crescimento de receita superior a 20% mensal.

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