A tendência de mercado por trás da captação da Substack na Wefunder; por quê a preferência da Kaszek no early; e as gestoras de venture capital mais bem vistas pelos empreendedores brasileiros.
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#community
A tendência de mercado por trás da captação da Substack na Wefunder
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Uma nova tendência vem ganhando força no venture capital: as rodadas de comunidade (community rounds).
Realizadas através de equity crowdfunding, elas servem como um complemento aos investimentos gigantes realizados pelos fundos. O exemplo mais recente é a rodada do Substack na Wefunder, de US$ 5 milhões, que potencializarão os US$ 70 milhões levantados de forma tradicional.
O valor alvo inicial da captação era de US$ 2 milhões, mas a rodada foi um sucesso tão grande que, em menos de um dia, o Substack teve que elevar o valor para US$ 5 milhões (o limite máximo nos Estados Unidos).
Essa não é a primeira vez que uma plataforma de crowdfunding dá acesso para que investidores do varejo participem de uma rodada junto com investidores institucionais. Outros exemplos foram as rodadas do Mercury Bank e da Replit, também na Wefunder.
Nos Estados Unidos, com o crescimento de investimentos de comunidade em conjunto com gigantes, como a16z e outros, ficou claro que há um apelo nas rodadas de crowdfunding.
Em terras canarinhas, alguns exemplos de rodadas desse tipo foram a da Simple&Co, que contou com coinvestimento da Bertha Capital, e a da Finansystech, com a liderança da Darwin Startups. Ambas foram realizadas via Captable.
Teoria de seleção adversa. Antes, o crowdfunding era visto como um último recurso da startup, quando ela já não tinha mais opções para levantar capital. Isso mudou com as evoluções das regulações em diferentes países, incluindo o Brasil.
As rodadas de comunidade são crowdfunding, mas incluem um diferencial importante: contam com gigantes, investidores tradicionais, investindo em conjunto com a comunidade de investidores de uma plataforma.
#earlystage
Por que a Kaszek vai ter bolso mais fundo para early-stage?
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A Kaszek levantou quase US$ 1 bilhão para investir em startups latinas.
A maior parte dos recursos, cerca de US$ 540 milhões, será destinada à startups de estágio inicial, e o restante, US$ 435 milhões, à rodadas a partir da série C nas startups de melhor desempenho do portfólio ou naquelas que passaram despercebidas até então pela casa.
Sobre o momento do mercado, a Kaszek acredita que a safra de 2023 e 2024 vai ser ainda melhor que as passadas. Segundo o sócio-fundador, Hernan Kazah, empresas que surgem em momentos difíceis tendem a ter modelos de negócios mais sustentáveis, com bom crescimento orgânico, margens saudáveis, necessidade mais modesta de capital e fundadores mais convictos.
Por isso, a estratégia de alocar mais recursos no estágio inicial faz sentido.
O gráfico abaixo, de um estudo realizado pela Carta Capital, comparou a média dos valuations para cada estágio de captação de 2021 a 2022.
Nas rodadas seed, a média aumentou cerca de 40%. Nas séries A e B, permaneceu praticamente os mesmos. Já na série C e D, caiu pela metade.
Em média, a Kaszek não diminuiu os cheques com a redução de valuations no mercado, e sim manteve a cifra em troca de posição acionária maior.
A gestora fez uma remarcação média na carteira de 28%, o que incluiu a brasileira Creditas. Avaliada em US$ 4,8 bilhões na rodada levantada em julho do ano passado, na carteira da Kaszek, a fintech agora vale US$ 3,5 bilhões. Leia o artigo completo.
#venturecapital
Quais são as gestoras de VCs mais bem vistas pelos empreendedores no Brasil?
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Falando em Kaszek… ela ficou em primeiro lugar entre as gestoras de VCs mais respeitadas pelos empreendedores brasileiros, de acordo com um levantamento realizado pela Spectra.
O pódio é completado por Monashees e Astella.
Quem tem marca e reputação tem tudo. “Muitos gestores dizem que têm um time que agrega valor à startup para conseguir atrair LPs e startups, mas isso se provou falso”, disse Ricardo Kanitz, sócio da Spectra, ao Neofeed. “O grande atributo de um fundo de VC é sua marca”.
A Sequoia é um bom exemplo da importância da marca. Ela é uma das gestoras mais respeitadas do Vale do Silício, o que faz as melhores startups irem atrás de seu cheque.
Por sua vez, o cheque da Sequoia ajuda a startup a conseguir os melhores deals, a atrair os melhores talentos e a se posicionar bem para rodadas seguintes.
Depois de marca e reputação, os empreendedores brasileiros valorizam, na ordem:
Gestores que são entrepreneur friendly;
qualidade do time;
experiência empreendedora dos gestores;
e track record.
Duas características poucos relevantes (e até surpreendentes) são o suporte da gestora no dia a dia da startup e a expertise no setor.
Top 10. Além do trio que está no pódio, o top 10 é composto por Valor Capital, ONEVC, EquitasVC, Canary, Upload, Atlantico e Headline.
EquitasVC, que captou o primeiro fundo em 2020, e Upload e Headline, que nasceram em 2022, surpreenderem por serem novatas e já terem aparecido entre as 10 gestoras mais valorizadas pelos empreendedores.
A pesquisa aponta que empreendedores de safras diferentes têm percepções também diferente sobre o que é mais importante em uma gestora.
Aqueles que fundaram suas startups entre 2015 e 2019 colocam como o fator mais importante a reputação; aqueles de 2020 e 2021 preferem a qualidade do time; e a geração de 2022 e 2023 busca termos mais amigáveis.
VCs em números. Em 2010, eram 16 gestoras brasileiras, com um total de R$ 1,1 bilhão para investir. No ano passado, eram mais de 80, que somavam mais de R$ 11 bilhões.