Edição 93
Adam Neumann quer comprar a WeWork de volta.
Mais: Uber registra primeiro lucro anual e os descontos do agro.
Adam Neumann e WeWork, juntos de novo?
O eterno drama de Adam Neumann e sua relação conturbada com a WeWork ganhou mais um episódio. Parece que o excêntrico empreendedor ainda não está pronto para se afastar do que um dia foi seu império de escritórios compartilhados, apesar de todas as reviravoltas e expulsões anteriores.
O “bom” pai quer voltar para casa.
Nos bastidores do mundo dos negócios, uma nova se desenrola: Neumann, com o apoio de Dan Loeb, da Third Point, está tentando comprar de volta a WeWork, atualmente em processo de recuperação judicial.
Segundo o The New York Times, desde dezembro Neumann e Loeb vêm fazendo seus movimentos para montar uma oferta e financiar as dívidas da WeWork. E a Flow Global, a nova empresa de Adam, parece ser o braço financeiramente robusto dessa operação, com um belo montante de US$ 350 milhões em seu cofre, cortesia de investidores como a a16z.
Enquanto isso, nos corredores do tribunal de falências, a WeWork está lutando para se manter de pé, com uma dívida considerável e credores como o SoftBank aumentando a pressão.
O valor de mercado da empresa despencou para cerca de US$ 500 milhões, uma fração ínfima dos gloriosos dias em que ela era avaliada em dezenas de bilhões. Parece que o reinado extravagante de Neumann deixou mais que um rastro de espaços de trabalho descolados pelo mundo.
Não é a primeira vez
Essa não é a primeira vez que Adam Neumann tenta se aproximar da WeWork, a tentativa anterior de “salvar” a WeWork ocorreu em 2022, quando ofereceu investir US$ 1 bilhão. A proposta foi recebida com um simpático “não, obrigado” pelo então CEO da empresa.
Parece que o divórcio entre Neumann e WeWork foi tudo, menos amigável, com direito a cartas de advogados e tudo mais. Será que Adam vai conseguir voltar para sua casa original? Ou será que a WeWork seguirá em frente, deixando seu fundador mirabolante para trás? Estaremos acompanhando os próximos episódios dessa saga dos negócios!
Uma novidade na Uber: lucro e estabilidade
A Uber divulgou seu primeiro resultado anual positivo desde que se tornou uma empresa pública em 2019. Parece que o tempo em que a prioridade era o crescimento a todo custo ficou para trás. Agora, a empresa mira os lucros, e parece que está no caminho certo.
Os números são robustos: um lucro de US$ 1,43 bilhão em 2023, com uma ajudinha generosa de US$ 1 bilhão de seus investimentos de capital. Parece que os tempos de vacas magras ficaram para trás. Desde que se tornou pública, a Uber tem sido como aquele amigo que sempre pede dinheiro emprestado, mas finalmente decidiu pagar a conta.
E não para por aí! Os resultados do último trimestre de 2023 sugerem que a demanda pelos serviços da Uber continua firme e forte. Com um aumento de 22% no valor total das transações em seu aplicativo e uma receita de quase US$ 10 bilhões, a empresa está definitivamente no caminho certo para a estabilidade financeira.
Até aqui, muita dificuldade
Mas nem tudo foram rosas para a Uber ao longo dos anos. Ela acumulou quase US$ 30 bilhões em perdas operacionais desde 2016. Mas, como dizem por aí, antes tarde do que nunca, não é mesmo?
E, é claro, a pandemia não deixou a Uber passar em branco. Com as operações de transporte drasticamente reduzidas, foi a vertical de entrega de alimentos que salvou a empresa nesses tempos difíceis.
E olha só, até mesmo a concorrência está se mexendo: a Lyft, sua principal rival nos EUA, ainda não registrou seu primeiro lucro operacional.
Parece que a Uber está finalmente no caminho certo. Com mais disciplina nos gastos, cortes de custos e uma abordagem mais conservadora – e o lucro em mente. Assim, o futuro finalmente está sorrindo para a precursora dos apps de mobilidade.
Agtechs estão baratas…
A SP Ventures está prestes a encerrar seu segundo fundo com foco nas agtechs, mantendo firme sua aposta no potencial do agronegócio nacional. Francisco Jardim, sócio geral da gestora, acredita piamente que o Brasil está prestes a liderar uma verdadeira revolução nesse setor – para a surpresa de ninguém.
Mas, caso você ainda não esteja convencido do potencial do país, Francisco dá alguns argumentos. Ele compara o agro brasileiro com o dos Estados Unidos em termos de tamanho, mas ressalta que os valuations aqui ainda não explodiramcomo em outros setores.
Será que é a hora de apostar todas as fichas nesse segmento do mercado?
Quando a SP Ventures criou seu primeiro fundo lá em 2015 e 2016, o Brasil já se destacava internacionalmente em várias verticais do agronegócio. A aposta era certeira: a demanda global por alimentos só aumentaria, e o agro precisava se modernizar para dar conta do recado.
Agora, com o segundo fundo a caminho da reta final, Francisco enxerga duas grandes necessidades no setor: digitalização e adaptação às mudanças climáticas. Ou seja, parece que até o campo está se rendendo ao mundo digital.
A SP Ventures está de olho em investimentos finais para esse segundo fundo, com um aporte de aproximadamente US$ 2 milhões. Eles têm um carinho especial pelas soluções biológicas, como a Decoy, uma startup que usa fungos para controlar pragas no gado.
Fintech e globalização
Mas não é só isso, a gestora também está de olho nos marketplaces e nas fintechs do agro. Afinal, até no campo a vida está migrando para o virtual. É a tecnologia trazendo a eficiência logística até para os leilões de gado!
E para quem pensa que o mercado brasileiro é pequeno – e não é –, a SP Ventures tem uma carta na manga: eles estão investindo em startups early-stage com soluções que podem conquistar o mundo. É a globalização batendo à porta do agronegócio brasileiro!
A nova era digital no campo significa que só depende das sementes plantadas continuarem germinando para alcançar valuations maiores com o tempo.
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