O “X” da questão

Edição 65

Enquanto Elon Musk brinca de rebranding, o ESG voa alto.

Mais: As novas ‘Bolsas’ de startups.

Twitter vira “X” – Eike Batista, é você?!

Parece que a obsessão pela letra X no nome das empresas não é exclusividade do ex-bilionário brasileiro Eike Batista. Elon Musk é outro que venera a letra e a emprega onde puder.

Na Tesla, o carro mais vendido é o Model X; na SpaceX, de espaçonaves, o X tá no nome; nos tempos de Paypal, Elon queria renomear a companhia para X; faz pouco, Musk lançou sua iniciativa em inteligência artificial, a x.AI; até o filho do bilionário tem X no nome – mesmo: X Æ A-12; e agora, depois de comprar o Twitter por mais de US$ 40 bi, renomeou o serviço para “X”.

O rebranding já começou: a versão web, o perfil do “Twitter” no “X”  e até o escritório da empresa já estão recebendo a nova marca. Mas vai além disso – a ideia de Musk é que o rebranding traduza uma ambição maior para o que era apenas uma rede social. 

A “X” deve representar um futuro de interatividade ilimitada – áudio, vídeo, mensagens, pagamentos, banco – um mercado global para ideias, serviços, bens e oportunidades.

O rebranding não deve ser tão fácil: a Microsoft possui desde 2003 a marca “X” registrada relacionada à comunicação – utilizada pelo videogame Xbox. A Meta, dona do Facebook e que lançou o Threads para competir com o Twitter, é dona de uma marca registrada nacionalmente nos EUA cobrindo uma letra “X” azul e branca, incluindo softwares e redes sociais. Ou seja, Elon terá que comprar mais alguns direitos (são mais de 900 registros da marca “X” só nos EUA) para seguir sua visão sem empecilhos.

Numa luta para reter anunciantes e usuários – que tiveram mais uma alternativa com o lançamento do Threads, da Meta (mas que já está em declínio), Musk deve apostar em uma rede mais descentralizada e sem moderação. E sabe quem mais ganha nessa guerra? Os usuários.

Pra quem achava que o ESG ia morrer… se enganou!

Startups com impacto socioambiental devem receber US$ 53 trilhões em investimentos até 2025. Isso mesmo, trilhões. Esse valor equivale a um terço dos ativos globais sob gestão. E ainda diziam que o ESG era moda passageira…

No Brasil, o tema também está quente: os investimentos em startups ESG atingiram o pico histórico devido ao forte impacto econômico e às consequências da pandemia em muitos setores. Só no ano passado, segundo o relatório ESG Report 2023 do Distrito, foram realizadas 90 rodadas de investimento em startups do segmento, somando US$ 861,6 milhões.

Diante do cenário econômico mais difícil, marcado por altas taxas de juros e inflação, o setor não ficou imune: houve um recuo nos investimentos no setor no primeiro trimestre deste ano. Isso não quer dizer, no entanto, que tenha havido uma queda no interesse pelo tema, mas que ocorreu um ajuste frente ao período conturbado.

Dentro do ESG no Brasil, o S é pop.

As startups que atuam majoritariamente na área social despontam como a categoria que mais levantou capital dentro do ESG. Embora quatro das cinco maiores rodadas ESG do Brasil tenham sido conquistadas por startups da categoria ambiental, as 199 rodadas de investimento das socialtechs somaram US$ 1,1 bi investido nos últimos 13 anos.

Na área social o destaque é a série A de R$ 20 milhões da Ribon em 2022, uma das startups mais inovadoras do mundo, segundo a fundação de Bill Gates.

ESG = mais capital para startups.

Os fundos de venture capital estão adotando cada vez mais uma postura de preferência por negócios que estejam alinhados com os critérios do ESG, segundo o ESG & Greentech Report 2023.

Segundo o Morningstar, os fundos que aplicaram princípios ESG conseguiram atrair US$ 51,1 bilhões de novos investidores em 2020, dobrando o valor em relação ao ano anterior.

As novas ‘Bolsas’ de startups estão com tudo

Ninguém segura a inovação na forma de captar recursos para startups: as ‘Novas Bolsas’, plataformas de financiamento coletivo que unem startups a investidores, foram o tema central de matéria em O Globo.

O valor captado pelas startups com o modelo cresceu e motivou a reportagem. Houve um salto de R$ 12,8 milhões, em 2017, para R$ 188 milhões captados em 2021. No ano passado, foram R$ 131 milhões em aportes, mais de dez vezes o total de cinco anos atrás.

Como acontece no mercado acionário tradicional, uma startup que “entra” nessas “Bolsas” abre parte do capital para ser negociada com os investidores. Quem participa da divisão do aporte que a empresa precisa, passa a ter uma parcela do negócio.

Mas como se ganha dinheiro com isso? Há algumas maneiras: através de um mercado subsequente; quando a startup for vendida por um valor maior do que quando foi à rodada; por meio do recebimento de dividendos; quando a empresa decidir fazer uma oferta de recompra das partes dos investidores; ou caso venha a lançar ações numa Bolsa tradicional.

Marcelo Carrullo, sócio da Drummond Ventures, avalia:

“Ser um cotista de fundo de venture capital é muito caro. A possibilidade de investir nas startups com valores baixos abriu o mercado.”

O papel da inteligência de dados no sucesso das startups

Nos dias de hoje, com a abundância de dados e informações, como organizar e analisar os dados da maneira correta? Como utilizar os dados na estratégia de crescimento das startups?

No mais recente episódio do Podcap: O papel da inteligência de dados nas startups de sucesso”, convidamos Fernando Gibotti, Founder & CEO na Bnex para falar sobre a sua experiência no segmento de Big Data e Analytics para vendas no varejo, e nos ajudar a responder a essas perguntas.

Fernando traz sua experiência empreendedora e na trajetória da Bnex, conta sobre a evolução da análise e tratamento de dados no Brasil e, ainda, como o conhecimento do cliente se torna um forte aliado no desenvolvimento do produto e da startup.

O que mais você encontrará:
👉 Importância dos dados no crescimento das startups
👉 Conhecimento do cliente para criação de relacionamento e empatia
👉 Índice de sacrifício e cuidados com o churn dos clientes

Para ouvir o episódio na íntegra, clique aqui.

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