Alguma startup pra prever o futuro por aí?

Estamos há poucos dias da Copa e já tem pessoas prevendo qual país vai sair o campeão. Mas quem gostaria mesmo de conseguir prever o futuro são os investidores de startups.

Mais: unicórnio uruguaio acusado de fraude.

#diversificação

Tentando prever o futuro, investidores mais erram do que acertam

O mercado de investimentos em startups é cheio de contrastes.

Transaciona bilhões ao ano, mas é considerado pequeno como classe de ativos. É pequeno, mas também cria as empresas que dominam as bolsas de valores do mundo. Traz lucros de 80 vezes, mas também tira o sono dos investidores com falências abruptas.

Nesses contrastes, investidores de startups lucram muito (e também perdem muito).

Ainda assim, os investimentos em startups deveria estar no radar (e na carteira) de todos os investidores.

Não são poucos os sinais de que o segmento definirá o mercado de capitais do futuro: empresas de tecnologia galgaram posições e chegaram ao pódio das mais valiosas em diversos países. E onde isso ainda não aconteceu, deverá acontecer em breve.

Acompanhar o mercado é, portanto, uma maneira para o investidor ter maior enredo na hora de tomar decisões de investimento adequadas.

Mas na busca pela hora mágica para investir, muita frustração é criada e oportunidades deixadas para trás. É um eterno jogo de arrependimento: arrependimento quando tem bons retornos porque deveria ter investido mais (ou antes) ou arrependimento por não ter saído do investimento quando deveria.

Se é inútil tentar acertar o timing, é mais importante, para quem quer estar sujeito aos retornos do venture capital, a diversificação em diferentes safras de startups.

Prova disso é que uma quantidade pequena dos investimentos no segmento é responsável por gerar a maior parte dos retornos. O investidor de sucesso não vai querer ficar de fora dos investimentos nas empresas mais icônicas de uma safra.

Imagine ser um investidor de startups e ter deixado passar a chance de investir na Stripe, WhatsApp, Zoom, Google ou Facebook?

Leia o artigo completo.

#venturecapital

Investimentos em startups cresce 123% no trimestre

Os aportes de fundos de venture capital e private equity em startups brasileiras chegaram a R$ 29,7 bilhões no terceiro tri de 2022 – uma alta de 123% em relação ao mesmo período do ano passado. A informação é de um levantamento feito pela KPMG e da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).

No acumulado do ano os investimentos já somam R$ 57,8 bilhões, o maior valor desde que o levantamento passou a ser feito em 2011.

O crescimento dá a entender que, mesmo em um ano que o “inverno” pareceu mais longo, o país consolidou sua posição como destino cada vez mais relevante para os investimentos em startups.

Contando apenas o venture capital, os aportes do terceiro tri somaram R$ 10,4 bilhões, ficando 6% abaixo dos R$ 11,1 bilhões registrados em 2021.

Entre os setores com maior número de startups investidas, 26% eram negócios de tecnologia ligados aos setores financeiro e de seguros, 16% foram destinados às retailtechs e 11% para as healthtechs.

Em nota, o presidente da Abvcap, Piero Minardi, disse que a retomada dos investimentos vem alimentada pelo “ajuste do preço das empresas, o que cria boas oportunidades, e mostra que continua existindo capital para boas companhias em setores com perspectivas positivas de crescimento”.

#unicórnio

Unicórnio uruguaio despenca 50% na Nasdaq, após acusações de fraude

Parece que a uruguaia dLocal está mais para joio do que trigo. A solução de pagamentos, que fez sua oferta pública inicial (IPO) na Nasdaq no ano passado, viu suas ações despencaram mais de 50% nessa semana após um relatório realizado pela Muddy Waters Capital.

No relatório, os analistas afirmam ter encontrado indícios de que o negócio é uma fraude, apontando inconsistência nos registros sobre o total de pagamentos registrado e o contas a receber.

A Muddy Waters ainda afirma que as informações fornecidas ao mercado podem ter relação com exercício de opções por insiders da empresa. E para piorar, os analistas dizem ter motivos para suspeitar que a dLocal possa ter “mergulhado” em recursos de clientes para financiar o pagamento aos insiders.

👉 A dLocal ganhou fama pelo crescimento recorrentemente apresentando aos investidores e por ganhar o título de primeiro unicórnio do Uruguai. Em 2020, o negócio foi avaliado em US$ 1,2 bilhão, após uma rodada de captação liderada pela General Atlantic.

A queda das ações da dLocal gera ganho para a Muddy Waters, que, por meio de instrumentos financeiros, conseguirá primeiro vender uma ação no mercado à vista para depois comprar e honrar o contrato. Nesses casos, a queda das cotações traz ganho para o investidor.

Para alguns especialistas, se as acusações feitas pela Muddy Waters forem confirmadas, será um duro golpe para euforia do mercado dos últimos anos, pois não apenas os empreendedores serão questionados depois disso, mas os gestores de recursos e suas due dilligences pré-investimento também.

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