QR Code milionário

Edição 99

Rastreabilidade de commodities vale milhões.

Mais: A busca por IA no early stage brasileiro e a visão dos gestores de fundos de growth sobre a América Latina.

Startup busca R$ 2,5 milhões para rastrear commodities

A Ecotrace, uma agtech com sede em Vinhedo (SP), está causando um rebuliço no mercado com seu mais recente movimento: a startup abriu uma rodada de equity crowdfunding na plataforma Captable, com o objetivo de captar cerca de R$ 2,5 milhões – e ela já levantou mais de R$ 2,1 milhões dessa meta!

Ou seja, através dessa rodada, é possível se tornar um investidor e, de quebra, um acionista da empresa com um aporte a partir de R$ 1942. Mas calma, não é só isso! 

A Ecotrace tem grandes planos para o valor captado. De acordo com a agtech, esses recursos vão ser utilizados para dar uma turbinada na criação de novos produtos e ainda fortalecer as áreas comercial e de marketing. 

O que a Ecotrace faz?

Se você está se perguntando o que diabos a Ecotrace faz, eu explico. Eles são especialistas em rastreabilidade de commodities, usando a tecnologia blockchain para trazer transparência e segurança para o mercado – com um QR Code na embalagem, por exemplo, conseguem dar transparência para toda a cadeia de produção do alimento, do campo até a mesa do consumidor. 

E sabe quem são seus clientes? Nada mais, nada menos que gigantes como JBS, Minerva e Frigol. Parece que eles estão no caminho certo, né?

Ah, e não para por aí! Recentemente, eles deram um passo ainda mais ousado ao criar a Ecohalal, uma subsidiária focada no mercado de exportações de carne de aves com certificação halal. 

Nem de longe um marinheiro de primeira viagem

Com um histórico de investimentos de dar inveja, somando cerca de R$ 9,2 milhões até o momento, a Ecotrace tem mostrado que veio para ficar! 

A startup já levantou capital com a KPTL (fundo Criatec 3) e conquistou um aporte da FAPESP para desenvolvimento de uma tecnologia de visão computacional para analisar carcaças de frango.

Uma rodada especial

Embora já tenha passado por outras rodadas de investimento, a atual é diferente: ao se tornar um investidor, você automaticamente vira acionista da empresa, e a liquidez acontece no mercado subsequente dentro da própria plataforma da Captable, numa área chamada Captable Marketplace.

Uma abordagem inovadora para uma startup que não tem medo de pensar fora da caixa. Então, se você quer fazer parte dessa revolução, é melhor correr e garantir o seu lugar como acionista da Ecotrace!

A caça pela IA no early stage

A inteligência artificial é uma das maiores ondas de transformação que está acontecendo no mercado de tecnologia. Essa revolução tecnológica não só está mudando a maneira como fazemos negócios, mas também está atraindo um montão de startups com visão de futuro e investidores ávidos por inovação. E acredite, tem espaço para todo mundo nessa festa da IA!

O hype da IA no South Summit

No South Summit Brazil, que ocorreu nessa semana, um painel entre executivos das gestoras Domo Invest, Antler e Bossa se reuniu para discutir o que estão fazendo diante do boom de startups que prometem revolucionar com inteligência artificial – ou pelo menos dizem que sim.

Marcelo Ciampolini, da Antler, tá com a pulga atrás da orelha. Ele acha que muita gente tá surfando na onda da IA sem nem saber nadar. É como ele diz: se vai botar IA no pitch, tem que saber do que tá falando! E não adianta só prometer, tem que ter o talento para fazer acontecer, afinal, dinheiro na mão não é solução mágica.

Uma tecnologia transformadora

A Bossa Invest, uma das líderes em early stage aqui no Brasil, tá ligadíssima nessa história. Para o Paulo Tomazela, CEO da Bossa, a IA é tipo a eletricidade do século XXI, vai mudar absolutamente tudo!

A gestora está até revendo o catálogo de ideias antigas para ver o que pode decolar com uma ajudinha da inteligência artificial. Olha só que virada de jogo!

Já na Domo Invest, Felipe Andrade afirma: quem não abraçar a IA está fadado a ficar para trás. Com mais de 100 startups no currículo, eles tão de olho nas que tão usando a IA para turbinar a produtividade dos negócios.

E tem mais! Gestoras como General Atlantic, Atlantico e Monashees estão correndo atrás de startups que estão na crista da onda da IA. Até a Big Bets já tem metade do seu portfólio dominado por esse tipo de tecnologia. É ou não é um verdadeiro tsunami de inovação?

Otimismo de volta com a saída do capital turista

Uma montanha-russa sacudiu o mercado de venture capital entre 2021 e 2024, um verdadeiro carrossel de emoções, começando com uma enxurrada de dinheiro que os investidores locais e estrangeiros jogaram nas startups e terminando com uma queda brusca nos investimentos. Mas calma, nem tudo está perdido!

As quedas mais bruscas rolaram especialmente entre as startups em late stage e aquelas em estágio de growth. Imagina só, uma queda de 57% nos investimentos em startups brasileiras só no ano passado! 

No entanto, as gestoras que investem em growth estão mantendo o otimismo firme e forte para 2024. Afinal, depois da tempestade, vem a bonança.

A visão dos gestores

Milena Oliveira, da Volpe Capital, acredita que as empresas que souberam segurar as pontas, economizar e se reinventar estão dando a volta por cima. Também, o mercado ficou mais esperto depois das loucuras de 2021, agora é a hora de encontrar aquelas startups que estão mais preparadas para o jogo.

Lucas Mussi, da Warburg Pincus, afirma que a América Latina é a nova menina dos olhos dos investidores. Não vai voltar a ser como antes, mas estamos caminhando para um “novo normal”. E olha que eles investiram quase R$ 2 bilhões no ano passado. Isso sim é confiança no potencial da região!

Igor Piquet, da Endeavor Catalyst, sabe que é preciso manter o otimismo, mesmo quando o cenário não parece tão favorável. Afinal, investir é como uma montanha-russa, com altos e baixos, mas sempre vale a pena segurar firme.

Turistas foram embora

Mas e o tal do “capital turista”? Pois é, teve uma galera que veio, investiu e deu o fora. Mas agora estamos lidando com o pós-festa, e tem muita startup boa esperando para ser descoberta. Joaquim Lima, da Riverwood Capital,  por exemplo, está de olho em negócios que estão crescendo e caminhando para a rentabilidade.

O único porém dessa festa são os juros americanos: o Fed tá prometendo cortes, mas ainda é muita promessa sem ação. Talvez, os ventos americanos soprem a favor da LatAm. Se não soprarem, pelo menos já temos empreendedores que aprenderam a superar tempestades econômicas – por isso, o futuro das startups continua cheio de surpresas!

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