Torneira seca pra quem?

Edição 58

Enquanto o mercado sofre uma queda de mais de 60% no volume de investimentos, um setor específico vê seus valuations triplicarem.

Mais: Como os family offices estão investindo em startups.

#venturecapital

Investimentos em startups caem mais de 60%: falta água no tanque?

O investimento em startups pelo mundo despencou no primeiro tri de 2023, de acordo com a KPMG. Foi o menor valor dos últimos seis anos.

O valor investido, que era de US$ 177,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022, agora ficou em US$ 57,3 bilhões, uma queda de 67,7%.

Os Estados Unidos lideram a parada, com mais da metade dos investimentos globais, somando US$ 31,7 bilhões. A Ásia veio em seguida, com US$ 13,5 bilhões, e a Europa com US$ 9,8 bilhões. Todos esses lugares também tiveram uma queda nos investimentos no primeiro trimestre de 2023 em relação ao último trimestre de 2022.

No Brasil, a queda foi de cerca de 30% nos investimentos do primeiro trimestre de 2023 em comparação com o último trimestre de 2022. Foi investido US$ 163,9 milhões, contra US$ 240,7 milhões do período anterior.

De acordo com a KPMG, no Brasil o resultado é uma tendência mundial. Os investidores estão pegando mais leve e analisando melhor cada oportunidade, buscando mais rentabilidade do que crescimentos absurdos.

Eles estão sendo mais realistas nas avaliações e colocando menos dinheiro. Quando considerados esses dois fatores, há algumas boas empresas com perfis de crescimento versus retorno, as quais atraíram os investimentos no primeiro trimestre deste ano.

Olhando pro lado positivo, ainda há um cenário promissor pra conseguir investimento através de rodadas de captação, com o surgimento de novas empresas focadas em investimento de risco. As rodadas de investimento são uma forma bem comum das startups conseguirem dinheiro pra alcançar metas importantes e crescer ainda mais.

O estudo da KPMG diz que os investimentos em empresas de consumo e varejo devem permanecer parados, enquanto os setores de energia alternativa, tecnologia limpa, defesa, segurança cibernética e serviços B2B serão as áreas mais resilientes.

E olha só, tem uma área chamada inteligência artificial generativa que pode bombar nos investimentos, é o que diz um trecho do relatório.

#inteligênciaartificial

Startup que resolve a crise de energia do ChatGPT triplica valuation

Um setor inteiro está surgindo e também quer surfar a onda da inteligência artificial: empresas que buscam soluções para as altíssimas demandas de energia dos grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT-4.

Uma delas é a Lightmatter, de Boston, que utiliza a luz para impulsionar a eficiência energética na computação. Recentemente a empresa levantou US$ 154 milhões, em parte aproveitando essa nova demanda.

A companhia informou que sua avaliação triplicou nessa rodada, chegando a uma avaliação de US$ 720 milhões. A startup havia sido avaliada em US$ 240 milhões em sua rodada Série B de 2021, de acordo com dados do PitchBook.

Nick Harris, CEO da startup, atribuiu o grande sucesso da rodada da empresa, em parte, à onda da inteligência artificial generativa e ao interesse crescente em desenvolver soluções para o problema existencial da computação.

“Nós conseguimos ver [a onda] chegando”, disse Harris. Mas até mesmo ele ficou chocado com o tamanho que esses modelos se tornaram. “É surpreendente a quantidade de potência necessária para executar o ChatGPT-4.”

Treinar e manter grandes modelos de linguagem exige não apenas um capital substancial, mas também requer enormes quantidades de energia que os centros de dados ainda não estão preparados para suprir.

A OpenAI duplicou suas perdas para US$ 540 milhões durante o desenvolvimento do ChatGPT-4, o chatbot líder do mercado de IA, conforme relatado pela The Information.

O treinamento de seu antecessor, o ChatGPT-3, consumiu aproximadamente 1,287 gigawatt-hora, o que representa mais eletricidade do que um cliente médio de uma concessionária americana consumiria em um século.

#familyoffices

Como as famílias mais abastadas do país estão investindo em startups?

Ao contrário dos Estados Unidos, onde o investimento nesse setor é uma estratégia já estabelecida, as famílias brasileiras estão começando a considerar essa categoria de ativos mais recentemente, com a ajuda de gestoras como a Provence Partners, que identificam as melhores oportunidades.

Para aprofundar nesse assunto, o episódio 16 do Podcap contou um dos sócios da Provence, Igor Brito, que compartilhou sua expertise sobre como os family offices brasileiros estão investindo em startups.

Neste episódio, você encontrará:

👉 O que são family offices
👉 Brasil versus padrões globais de family office no venture capital
👉 Principais desafios enfrentados pelos family offices ao investir em startups
👉 Smart money no investimento dos family offices

Para ouvir o episódio na ÍNTEGRA clique aqui.

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