Vai um gole aí?

Sabemos que ler que foi o pior janeiro em 5 anos não é muito legal… mas calma! Os especialistas estão otimistas para os próximos onze meses do ano.

Mais: a Campari viu nas latinhas de vinho da Lovin’ a combinação perfeita para o seu fenômeno Aperol.

#VC

Foi o pior janeiro em 5 anos (mas calma!)

Depois de um 2022 nada fácil, investidores e empreendedores estão ansiosas e apreensivos entender como 2023 será para as startups.

Um novo relatório do Sling Hub sobre o primeiro mês do ano deu alguns sinais (mistos!) sobre o andamento dos investimentos na América Latina.

De acordo com a consultoria, foi o pior janeiro em 5 anos quando falamos em aportes, mas o terceiro em volume total captado. Foram US$ 674 milhões investidos em 71 rodadas.

É uma retração de 48% ano sobre ano, mas um crescimento de 38% em relação a dezembro. O tamanho médio de round ficou em US$ 12 milhões, valor 28% menor que em janeiro de 2022.

Segue o líder. O Brasil concentrou 48% do total investido (US$ 321 milhões).

Outro líder invicto é o setor financeiro, que novamente abocanhou a maior parte dos investimentos: 46% do total, ou US$ 313 milhões (desses, US$ 244 milhões vieram para fintechs brasileiras).

Nos segmentos, em segundo lugar, vem as retailtechs, com US$ 216 milhões na América Latina (32% do volume total).

Um setor que ganhou destaque em janeiro foi o de energia: apenas no Brasil, captou US$ 47 milhões.

Nas fusões e aquisições, a queda foi menos acentuada. Com duas fusões e 20 aquisições, o resultado ficou abaixo da média de 2022 (25) e 31% abaixo comparado a janeiro de 2022.

Ainda assim, para especialistas…

2023 será o ano de retomada dos investimentos em startups

2023 será uma ida de volta a patamares mais realistas, com aportes mais criteriosos e assertivos.

E as rodadas pré-seed e de estágio inicial não devem ficar ilesas de sofrer alguns impactos como foi apontado ano passado.

Isso porque os investidores “estão buscando empreendimentos que tenham uma solução claramente validada com clientes, um MVP e até mesmo receita”, disse Rafael Moreira, CEO da Bertha Capital, à Exame. “Logo, o foco são as startups mais resilientes. São elas que estamos procurando no ecossistema ou dobrando as apostas já feitas”.

É necessário olhar pra fora. Nos Estados Unidos, os recursos comprometidos por investidores institucionais nos fundos de venture capital nunca estiveram tão altos (tanto que o volume de captações por eles bateu recorde em 2022).

“Historicamente, é provado que quando o mercado vive um período de baixa, quem tem recursos para investir, vai investir muito bem”, disse Gabriel Sidi, cofundador da EXT Capital, que acredita em bons investimentos a longo prazo. “O resultado dessa safra de investimentos, que entra na baixa e espera sair na alta, tem tudo para ser muito bom, olhando os negócios dando retorno lá na frente”.

A tendência de aceleração de M&As deve continuar também esse ano, já que traz benefícios para as startups (e, consequentemente, para os investidores).

O agro vai continuar pop. As agtechs devem encerrar 2023 como os ativos mais resilientes dentro do ecossistema de tecnologia, com crescimento e acesso a capital.

#DNVB

O que as latinhas da Lovin’ tem? Campari responde

A Campari promoveu uma série de testes às cegas com espumantes brasileiros em busca de uma bebida que fizesse a combinação perfeita com o Aperol, um destilado de laranja e ervas que serve de base para o drink Spritz, o quinto mais consumido do mundo.

Das quinze marcas testadas, uma foi aprovada: a Lovin’ Wine, DNVB gaúcha de vinhos em lata criada há apenas dois anos.

A escolha da Campari pela Lovin’ foi uma maneira de entrar na onda do Ready to Drink com o Aperol em terras brasileiras (já que em outros países, a Campari vende a bebida pronta, em garrafas individuais, junto ao espumante desenvolvido por ela).

A união entre as duas marcas virá em forma de embalagem: com a garrafa do Aperol e a lata da Lovin’ separadas para que o próprio consumidor possa fazer o mix entre as duas.

“Uma garrafa de espumante permite fazer cerca de 13 Spritz, algo que uma pessoa não bebe sozinha. Com a lata do espumante, são três drinks, a dose exata do consumo fora de casa. Com isso, o ticket fica menor e diminuímos a barreira de entrada”, disse João Paulo Sattamini, CEO da Lovin’ Wine, ao Neofeed.

Se beber, invista. O mercado de coquetéis prontos para consumo é estimado em US$ 800 milhões em todo mundo, e deve crescer 12% ao ano nos próximos cinco anos. Configurando entre os 10 mercados mais importantes, que concentra 85% do volume global, o Brasil vê um crescimento de 24%, o dobro da média mundial.

Para a Lovin’, a parceria com a Campari deve triplicar o volume do negócio esse ano, representando de 20% a 30% das vendas.

Depois de ter fechado parceria com a Gol, tendo seus vinhos em lata oferecidos em duas rotas internacionais (Buenos Aires e Punta Cana), a Lovin’ agora passará a se beneficiar do sistema de distribuição da Campari para entrar com força em todas as regiões do Brasil.

Desde abril do ano passado, a Campari tem sua logística comandada pelo Sistema Coca-Cola, que também faz as entregas dos refrigerantes e da cerveja Heineken no país.

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