Crowdfunding é coisa séria. Em países desenvolvidos, como no Reino Unido, a modalidade é vista como uma via poderosa para reunir investidores diversos em torno de uma empresa com propósito. No caso da Orbital Marine Power isso significou um investimento de mais de R$ 25 milhões através de uma plataforma de crowdfunding aliado a um investimento de outros R$ 25 milhões de um banco escocês (Scottish National Investment Bank).

O investimento via plataforma dos mais de R$ 25 milhões representa um recorde mundial do crowdfunding e demonstra a força da modalidade quando é entendida como um catalisador de rodadas institucionais.

Como funciona a tecnologia da startup?

A Orbital Marine Power criou uma abordagem escalável e única para aproveitar a energia das marés, resultando na turbina de marés mais poderosa, tecnológica e avançada do mundo – capaz de produzir até 2 megawatts de energia e ser instalada em conjuntos que produzem energia limpa com impacto visual praticamente zero.

Outro diferencial é onde as turbinas ficam no oceano: a tecnologia é flutuante, facilitando a instalação e o acesso para manutenção. Tudo isso resulta em um novo patamar de custo e risco muito menores do que soluções alternativas. Ainda, o modelo flutuante possibilita capturar correntes mais fortes de mares e rios, que ficam mais próximas da superfície, sendo mais eficiente.

A Orbital Marine Power planeja utilizar o dinheiro da venda da eletricidade produzida pelo seu dispositivo para dar retorno aos investidores – tanto o banco, quanto os que participaram através da rodada recorde via crowdfunding. Com esses investimentos, a vontade é de financiar uma futura indústria mundial.

O crowdfunding avança no Brasil

Aqui no Brasil, o cenário do crowdfunding também deverá atingir novo patamar: com a instrução CVM 88, que entrou em vigor em julho, as plataformas ficaram autorizadas a abrir captações de até R$ 15 milhões. Outro ponto que deve tornar o crowdfunding opção para mais startups é o novo limite de faturamento anual para captar na modalidade – R$ 40 milhões ou R$ 80 milhões para empresas de um mesmo grupo econômico.

Os limites mais altos devem fazer com que negócios em estágios mais avançados possam captar via plataformas e, também, que volumes maiores de investimento sejam realizados pelas startups. Os coinvestimentos também devem aumentar e mudar de perfil: apesar de já ocorrerem, alguns players ainda não entravam nesse tipo de rodada por permitirem valores muito pequenos para fazer sentido em suas estratégias.

Agora, com captações maiores, as startups podem escolher compor rodadas com uma mistura de investimentos pulverizados através do crowdfunding – uma oportunidade de trazer os fãs de uma marca ou apoiadores de uma ideia para dentro do negócio – e players institucionais que aportem cheques maiores sozinhos.

Inovação e crowdfunding: uma combinação poderosa

A tecnologia de turbinas de maré é uma das apostas – junto às energias solar e eólica – para produzir energia de forma limpa e renovável. Por isso, avanços como os propostos pelo dispositivo da Orbital Marine Power são essenciais para manter, e aumentar, a produção energética do planeta sem comprometer o equilíbrio ambiental.

Novas modalidades como o crowdfunding também são importantes motores dessa transformação tecnológica necessária para a sociedade. A modalidade, mais madura em outros países, tem potencial para transformar vidas e indústrias – como é possível perceber nessa rodada recorde.

Com os avanços trazidos pela CVM 88 e de olho no que está ocorrendo lá fora, o crowdfunding deverá cada vez mais se tornar uma opção sólida e adotada por diversos tipos de startups e empresas. E para ter contato com toda essa inovação aqui no Brasil, a melhor opção é a Captable, a maior plataforma de investimento em startups do Brasil.