Criar um app de treinos para aficcionados por exercícios é fácil. Há inúmeros exemplos de empresas e startups que focam nesse público. E é justamente aí que está o problema: o mundo fitness ainda vê o sedentarismo e a obesidade apenas como uma questão de estética.
Não há nenhum problema em querer ficar bem com o espelho. O problema é que as soluções para acabar com o sedentarismo são focadas em quem já não é sedentário.
Assim, 80% da população que é sedentária ou convive com transtorno psicológico, de acordo com estudos da Agência Brasil e da Agência Nacional de Medicina do Trabalho, fica desatendida.
Em geral, as pessoas não têm tempo, dinheiro e nem vontade de ir à academia. Segundo estudo da Unicamp, 40,7% dos homens não frequentam a academia por falta de tempo. Para 45,7% das mulheres o problema é o ambiente: se sentem desconfortáveis em treinar em um ambiente hostil.
Essa falta de interesse em desenvolver uma solução não é por acaso. Culturalmente, pensamos em saúde somente quando ela acaba. Os médicos e farmácias correm para solucionar problemas que poderiam ter sido evitados.
A saúde integral passa longe da prioridade da maioria das pessoas. Dificilmente alguém une todas as facetas da saúde preventiva: academias, nutricionistas, psicólogos… é um luxo reservado aos atletas profissionais.
Foi visando atender quem nunca foi prioridade, a população sedentária, que o Zenit conquistou 40 mil assinantes em um app que quer unir tudo isso, sem criar um ambiente destinado aos amantes de atividades físicas e sim para novos adeptos à cultura de bem-estar.
O app Zenit
O Zenit é um app de práticas de saúde integral e mudança de hábitos. Através de um diagnóstico online, desenvolve estratégias de treinos, yoga, meditação e alimentação personalizadas, baseadas nas características e necessidades individuais de cada usuário.
Tudo na tela do celular, sem aparelhos e dedicando menos de 30 minutos por dia, com o suporte técnico e motivacional de profissionais da saúde via WhatsApp.
O Zenit já ultrapassou os 40 mil assinantes ativos na modalidade de venda direta ao consumidor (B2C) e começa a tracionar o modelo de venda para empresas (B2B), com contratos fechados com a rede Accor e o Banco do Brasil.
Ao entrar na plataforma, o aluno responde um breve quiz que mapeia aspectos físicos, emocionais, hábitos alimentares, rotina de sono, interesses e objetivos. O sistema então cruza as informações individuais do aluno com as vídeo-aulas disponíveis na plataforma, criando um planejamento de treinos específico para cada usuário.
A agenda fica salva no app, nos dias estabelecidos pelo próprio aluno, que pode acompanhar o cronograma a qualquer momento e praticar o treino do dia quando quiser. As aulas vão desde meditações guiadas de 1 minuto até treinos de alta intensidade ou práticas de yoga de 30 minutos.
Como funciona o app?
O modelo de operação é híbrido, com sólida participação de mercado no B2C, tendo ultrapassado a marca de 40 mil assinantes ativos, e B2B, mais recentemente.
A jornada do usuário é 100% acompanhada por uma equipe de profissionais da saúde, formada por educadores físicos e nutricionistas, que tiram dúvidas, dão orientações sobre treinos e dieta, além de fazerem o ajuste fino do planejamento criado pelo app, sempre que o usuário achar necessário alguma alteração.
E opções é que não faltam. São dezenas de modalidades e centenas de treinos diferentes, como novos programas adicionados todos os meses. Desde os mais abrangentes, como os treinos de emagrecimento, até os hiper-específicos, como as práticas de yoga para gestantes e recuperação pós-parto.
Aliás, esse é um dos grandes diferenciais do Zenit: a experiência do usuário se transforma junto com o aluno. Na medida em que seu corpo evolui, novas agendas de treinos são criadas para acompanhar a jornada única de cada um.
Depois de projetos bem sucedidos com a rede de hotéis Ibis Budget, do grupo Accor, o Zenit também lançou a divisão Zenit Empresas, abrindo novas frentes com companhias que buscam aumentar os índices de felicidade e a produtividade de seus colaboradores através da promoção da qualidade de vida.
Um mercado potencial enorme e que promete para as empresas gastar até dez vezes menos, com duas a três vezes mais adesão que os planos de academia comuns.
Mercado do Zenit
O mercado digital de saúde e bem-estar, embora recente, já é imenso e está em plena fase de crescimento no mundo todo. Em 2022, o segmento ultrapassou a marca dos 145 bilhões de dólares na esfera global, dando margem ao surgimento de unicórnios em diversos países, sobretudo nos EUA.
No Brasil não é diferente. Em 2022, o mercado de Digital Health bateu R$ 14,6 bilhões em valor de mercado. Número bastante robusto, mas que ainda é apenas uma fração do potencial estimado, que deve crescer 10,8% ao ano até 2027 (CAGR 22-27).
Somos o quarto país do mundo com o maior número de smartphones, com mais aparelhos ativos do que habitantes. Segundo relatório State Of Mobile 2021, somente EUA e Índia estão à frente do Brasil em total de downloads de apps.
Ainda assim, nenhum player nacional atingiu ainda a marca de 1 milhão de assinantes no segmento. Nos EUA, diversas healthtechs já ultrapassaram a marca de 10 milhões de usuários, e a tendência é que o mercado brasileiro siga a mesma rota.
Por que importa?
O Zenit já ultrapassou os 40 mil assinantes ativos na modalidade de venda direta ao consumidor (B2C) e começa a tracionar o modelo de venda para empresas (B2B), com contratos fechados com a rede Accor e o Banco do Brasil. Nos últimos 12 meses, o número de assinantes cresceu 106% e, em 2022, faturou R$ 6 milhões.
No primeiro trimestre de 2023, o faturamento B2B cresceu 127% quando comparado com o primeiro trimestre de 2022. A margem de contribuição acumulada – o valor que sobra das vendas ao descontar os custos e as despesas variáveis – foi de 86% no primeiro trimestre de 2023.
Para continuar crescendo e alcançar uma comunidade cada vez maior de pessoas que querem deixar de lado o sedentarismo, o Zenit está buscando sócios através da Captable, a maior plataforma de investimento em startups do Brasil. É possível começar com R$ 1000 e com apenas R$ 20 mil construir um portfólio diversificado de grandes startups.